The powerful - Minsung

02- Punishment

Eu só encontrava um nome para aquela coisinha minúscula a minha frente: Perigo. Han Jisung... Sim... Perigo incontestável. Era uma coisinha de nada. Baixinho demais e ainda assim, atrevido. Encarou-me de frente. Isso o tornava perigoso. Porque além de lindo, sedutor e dono das bochechas mais lindas que eu já vi, era abusado.

Isso me atraia em um homem. Adorava homens que me desafiavam, que me levavam ao limite. Infelizmente, conheci pouquíssimos assim.

E os poucos que conheci tiveram o mesmo destino: a minha cama. Reparei em cada detalhe do corpo bem desenhado, a cintura extremamente final, os quadris largos...

No entanto eu não estava com tempo pra isso hoje. Aliás eu não tinha ideia do que faria com ele. Ele não teria mesmo como me pagar. Pelo menos, não com dinheiro. E entregá-lo aos meus soldados (integrantes da máfia)... Fora de questão no momento. Mas ele me desafiou. E homens assim, quando não podiam ir para minha cama, tinham outro destino. 

Ele estava ligeiramente desconfortável com minha presença. Percebi isso quando o segurei forte em meus braços. Tranquei a porta e depois fui até meu armário.

- Quantos anos, Han Jisung? - Eu já sabia. Perguntei apenas para quebrar o gelo.

- Para que quer saber?

- Me responda antes que eu perca o restante da minha paciência. - Disse e ele ergueu o queixo.

- Tenho 19 anos. - Meu queixo caiu.

- 19? - Então Hyunjin mentira. E eu já sabia o por que. Se interessou por ele. E com apenas 19 anos eu não o entregaria para meus soldados. Por isso me disse que ele tinha 21.

Poderia ser loucura da minha parte. Eram apenas dois anos de diferença, mas eu achava 19 anos quase uma criança. Eu tinha meus princípios, bem enterrados, mas tinha.

- Por que o espanto? Tenho cara de velho por acaso? - Eu ri.

- Não. Tem cara de bebê. - Eu olhei de novo para suas bochechas, elas realmente davam para ele uma imagem mais inocente. - Uma pena que o dono não combina com sua imagem e será castigado por ser tão insolente.

- O que... O que vai fazer comigo?

- Com medo agora? - Debochei do seu nervosismo. Virei-me para ele.

- Onde foi parar sua valentia?

- Você não vai encostar suas mãos em mim... Seu... Seu desgraçado. - A raiva ferveu em meu sangue por causa de seu palavreado e eu avencei sobre ele.

- Estou começando a me irritar de verdade com você. - Digo perto demais de seu rosto e sinto ele se arrepiar.

- Que se dane. Já disse que não tenho medo de você. Não sou seus capachos que tremem só de ouvir sua voz.

- Sim... Imagino que você deve tremer de outra forma.

- Seu... - Ele avançou contra mim, novamente, a palma da mão erguida. Mais uma vez, segurei sua mão no ar.

  Apertei seu corpo que tremia contra o meu.

- Está abusando da sorte, Han Jisung.

- Não vai me domar como um cachorrinho, Senhor Lee.

- Não pretendo domá-lo, pequeno. - Segurei sua mão espalmada e comecei a descer minha outra mão lentamente passando pelo seu pulso, em seguida seu braço, em seguida seu colo. Ele arfou e seu corpo tremeu ainda mais.

- O que... O que está fazendo? - subi a mão para o seu pescoço passando os dedos levemente e levantando o seu queixo. Ele se arrepiou mais uma vez.

- Estou acabando com esse seu atrevimento.