36- In your hands

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 Nunca imaginei que precisaria de tão pouco para me sentir inteiramente livre e realizado. Eu digo pouco no sentido de lugar... porque se eu for olhar a pessoa maravilhosa que tenho ao meu lado... aí sim... era muita coisa.

Então posso dizer que sou um homem de sorte. Tinha o mais perfeito dos homens e ainda estava no paraíso. Descobri que era isso que precisava para ser livre, feliz.

 Pensei que seriam alguns dias de descanso... um momento a dois para colocarmos nossa vida em dia. Mas já no segundo dia eu percebi que eu precisava de mais. Sentia falta de sair com Han, conhecer novos lugares. Claro, já conhecia praticamente o mundo inteiro. Mas tudo teria um sabor especial ao lado dele. Por isso fomos adiando nossa volta. Nossos dias viraram meses... quase dois meses... ele e eu.

 Fizemos de tudo... jantares... passeios ao luar... nadamos nus... ou uma simples caminhada pela praia. Foi como se eu estivesse na adolescência ao lado do meu primeiro namorado. Infelizmente o fim de semana chegava e teríamos que voltar.

Jisung perguntou e nem eu mesmo sabia a resposta... não sei por que insistia em não ter nossos filhos aqui. Sei lá... parecia que o fato de estar perto da família me daria mais segurança.

Estiquei meu corpo na cama, espreguiçando-me. Dormimos tarde na noite anterior, vendo anime até altas horas. Pelo jeito o sábado de Han seria na cama.

Ele estava de costas pra mim e não resisti a passar os dedos pela pele macia das suas costas.

Ele gemeu e remexeu-se, tentando se virar. Estava tudo mais difícil pra ele e não era raro ele me pedir ajuda a noite para mudar de posição na cama.

- Quer se virar, Hannie?

- Não. Estou com muito sono.

- Então fique quietinho aí. Mas vou buscar alguma coisa para você comer.

- Não precisa, amor.

Levantei-me e dei a volta na cama, agachando-me à sua frente.

- Tem certeza que está tudo bem? Sua voz está estranha.

- Estou, Min. Minhas costas é que estão doendo demais.

- Não quer se deitar de costas na cama?

- Não... nessa posição eu não consigo respirar direito.

- Humm... será que uma bolsa com água morna resolveria?

- Talvez.

- Vou buscar pra você.

Passei os dedos pelo seu rosto, fazendo-o sorrir fracamente.

- Não foi por causa de ontem, foi?

- Claro que não. Você estava bem contido ontem.

- Que alívio.

Dei um beijo rápido nele e desci até a cozinha. Realmente ele estava certo... na noite anterior eu estava mais contido. Fizemos amor lentamente, sem pressa, sem selvageria.

Isso foi antes de assistirmos ao filme. Parece que ficamos até mais relaxados, já que ficamos até tarde com a TV ligada.

Assustei-me ao entrar na cozinha e encontrar Danbi sentada enrolando pães. Seu rosto parecia triste.

- Bom dia. Eu te disse que poderia ir ontem, não disse?

- Bom dia, Minho. Eu sei que disse. Mas não ouviu o alerta?

- Que alerta? - Perguntei enquanto enchia a bolsa e colocava para esquentar.

- Há um alerta de um tsunami. O temporal que caiu aqui perto ontem já causou estragos. E ao que parece... já está chegando aqui.

The powerful - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora