48- Settling the score

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Como é difícil ser frágil, mas tendo que ser forte. Mais do que nunca eu precisava da força e coragem que aprendi com meu marido. Pelo menos grande parte dela veio da minha convivência com Minho.

Estava moído por dentro, mas ainda assim estava de pé. O baque foi grande demais e me pegou completamente desprevenido.

Eu não entendia... por mais que eu pensasse, simplesmente não entrava em minha cabeça o por que de minha mãe ter agido assim. Credo... parecia que queria mesmo morrer.

Eu senti, claro, não irei negar. Mas a dor maior foi ver meu Jaeho sofrendo tanto. Ele mesmo me avisou que minha mãe havia saído sozinha. Bastou uma distração minha... e ela saiu.

Jaeho veio correndo, os olhos arregalados e o coração batendo freneticamente. E depois aquela notícia horrível.

Eu senti no ar que havia algo de errado. Mas meu primeiro pensamento como sempre foi Minho. Com Jeon Kyungho solto, pensei que ele fosse seu primeiro alvo. Burro que sou... lógico que ele não iria tentar acertar a fortaleza primeiro. Iria atrás dos mais fracos... ou dos sem juízo, como a minha mãe.

Entretanto eu não poderia ficar sentado, chorando. Por isso mesmo fui atrás de Minho. Queria ficar cara a cara com a vadia que supostamente assassinou minha mãe.

Eu me senti o poderoso ao ver como Minho me olhou com orgulho e não me mandou embora dali como das outras vezes.

Ousei pensar que ele queria mesmo me ver ao seu lado nos negócios, mas isso eu iria conversar com ele depois.

A tal Narae não abriu a boca nem por um segundo. Apenas encarava nós dois, com ar de deboche que me fez querer estapear sua cara de vagabunda. Mas eu já conhecia bem os métodos de Minho. A tortura psicológica era o primeiro passo. Ele gostava de deixar suas "presas" acuadas, sem saber qual seria o seu destino. Aliás... sem saber como seria seu fim, pois o destino delas estava traçado desde quando ousaram cruzar o caminho dele.

Nesse dia à noite dormimos separados. Minho dormiu ao lado de Jaeho que ainda estava quase em choque e eu coloquei os pequenos em nossa cama. Até mesmo eles sentiam a mudança no ar.

Hajun como sempre carinhoso colocava as mãozinhas em meu rosto o tempo todo. Haneul apenas olhava para o meu rosto, com os olhinhos arregalados como se esperasse uma explicação minha.

Dormi mal, temeroso por esse momento triste, mas inevitável. A hora do adeus à minha mãe. A prova irrefutável de que não foi um pesadelo.

Achei melhor deixar as crianças em casa. Felix como não gostava de enterros, ficou com elas. Jaeho fez questão de vir. A principio eu fui contra, mas Minho acabou me convencendo. De certa forma Jaeho agora era um filho da máfia e teria que se acostumar com esse tipo de coisa.

Além do mais ele simplesmente adorava minha mãe. Talvez ele fosse um pouco como eu... teria que ver pra crer.

Durante todo o tempo ele permaneceu com a mão agarrada a minha, enquanto ouvíamos as orações de conforto.

Eu me contive: não chorei. Acho que já tinha chorado o suficiente com Jaeho assim que saímos de casa.

Minho passou o braço sobre meu ombro e me olhou intensamente antes de voltar os olhos para o túmulo onde o caixão acabara de ser colocado.

Eu sabia que ele também sentiu o baque, embora sua expressão fosse distante. A cerimônia foi bem restrita, cercada obviamente de toda segurança.

E Minho enfrentou mais uma luta, dessa vez com Minjung que queria estar presente ao funeral. Somente depois que Minho disse que ele mesmo a mataria caso aparecesse por aqui, foi que ela se conformou.

The powerful - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora