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Teus sinais me confundem da cabeça aos pés
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro




Renata estava na mansão, completamente sozinha, seus pensamentos turvados pelo desapontamento. Enquanto jantava, lembrava da promessa de César em passar mais tempo com a família. A comida parecia sem gosto, um reflexo do vazio que sentia por dentro. Renata tentou ligar para César várias vezes, mas ele não atendia. O silêncio do telefone só aumentava sua frustração e solidão, deixando-a perdida em seus próprios pensamentos e dúvidas sobre o que realmente estava acontecendo.

Ela se levantou e começou a andar pela casa, a mente cheia de questionamentos sobre onde exatamente César poderia estar e por que ele não estava cumprindo suas promessas.

Para tentar desviar sua mente das preocupações Renata ligou a televisão e começou a assistir a um filme. No entanto, a preocupação com César não a deixava completamente relaxada. A cada intervalo de comerciais, ela olhava para o celular na esperança de receber uma resposta.

***

        Ainda naquela noite...

César, ainda ofegante e relaxado na cama ao lado de Chanel, decidiu fazer uma pergunta que o estava perturbando.

— Chanel, o Rafael é melhor do que eu na cama? — perguntou ele, tentando parecer casual, embora a pergunta fosse bastante íntima.

— Sério, César? Não acredito que você está me perguntando isso. — respondeu ela, a voz carregada de desconforto.
— Vocês são completamente diferentes. Não faz sentido comparar.

César, ainda com a expressão relaxada, inclinou-se e começou a beijar o pescoço de Chanel, tentando suavizar o clima.

— Ah, estava só brincando, Chanel. Não leva a sério. Só estava curioso sobre como as coisas estavam entre vocês. — murmurou ele, com um tom de voz baixo e tranquilo.

Chanel, sentindo o carinho de César, relaxou um pouco, mas a pergunta ainda a deixava desconfortável. Ela se virou um pouco, tentando manter o foco no momento presente.

— César, por favor, não fala do Rafael enquanto a gente estiver juntos. Isso me deixa desconfortável — disse ela, a voz com um toque de exasperação.

César assentiu, entendendo o pedido de Chanel.

— Tá bem, Chanel. Não vai mais acontecer — garantiu ele.
— Agora vem aqui, vem — ele mordiscou os lábios, puxando-a gentilmente para seu colo.

Após algum tempo, eles começaram a se arrumar para ir embora. Enquanto César colocava o paletó, ele se virou para Chanel.

— Me dá o seu número de celular — pediu ele de forma casual.

Chanel franziu o cenho, intrigada. — Por quê?

César sorriu, inventando rapidamente uma desculpa.
— Assim é mais fácil para eu chamá-la para os nossos encontros. Não preciso ficar telefonando para a Ester.

Chanel hesitou por um momento, mas acabou concordando. Ela anotou o número no telefone dele.

***

César entrou em casa por volta da meia-noite, ainda carregando o cansaço de mais uma noite com Chanel.

Ao ver Renata no sofá da sala, acordada e com uma expressão preocupada, ele se assustou.

— Renata? O que você está fazendo acordada? — perguntou ele, tentando esconder seu desconforto.

Renata olhou para ele, a frustração evidente em seu olhar.

The Last Day | Wagner MouraOnde histórias criam vida. Descubra agora