The Last Day | Wagner Moura

23.

Adoro essa sua cara de sono e o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
Pitty, Equalize

16+
César, ainda segurando Clara firmemente, a guiou lentamente para dentro do flat, seus movimentos gentis, mas decididos.

As mãos de César percorriam o corpo de Clara com um toque que era simultaneamente reverente e explorador, como se cada curva e linha fossem um mistério que ele ansiava desvendar. Seus dedos deslizavam suavemente sobre a pele dela, deixando rastros de calor que faziam Clara estremecer levemente a cada toque. A respiração de ambos estava entrecortada, misturada ao som suave de roupas sendo desfeitas.

César tirava a roupa de Clara com uma pressa que não deixava espaço para delicadezas, seus movimentos eram intensos e ávidos.

Clara sentia o tecido deslizar pela sua pele, arrepiando-se sob o olhar faminto de César, que a devorava com os olhos, cada centímetro revelado aumentando a tensão entre eles.

Havia uma urgência no ar, como se cada peça de roupa fosse uma barreira que precisasse ser removida rapidamente, como se eles não pudessem mais esperar um segundo sequer para sentir o toque um do outro.

Clara se posicionava sobre César com um desejo incontrolável, seus movimentos eram decididos e cheios de uma paixão ardente. Ao cavalgá-lo, ela sentia o calor e a intensidade do contato, cada movimento dela era uma afirmação de sua necessidade e conexão com ele. Seu ritmo era intenso, refletindo a urgência e o desejo que os consumiam.

César, por sua vez, puxava o cabelo de Clara com firmeza. Seus dedos se entrelaçavam nos fios dela, forçando sua cabeça para trás de maneira que expunha ainda mais o pescoço dela para seus beijos e carícias. A sensação dos dedos de César em seu cabelo fazia Clara estremecer, intensificando ainda mais o prazer e a conexão entre eles. Ele a guiava, seus movimentos eram ao mesmo tempo um controle e um convite para que ela se entregasse completamente.

Enquanto Clara se movia sobre César com uma intensidade que parecia consumir o ambiente, ele não podia deixar de expressar em murmúrios a profundidade de seus sentimentos. Em meio à paixão que os envolvia, César inclinou a cabeça para sussurrar perto do ouvido de Clara.

Com a respiração pesada e os lábios roçando a pele dela, ele murmurava entre beijos e gemidos, "Eu amo você," sua voz carregada de emoção crua. "Você é perfeita pra mim." Cada palavra era um sussurro íntimo, um testemunho do desejo e da adoração que ele sentia por Clara.

Clara ficou momentaneamente surpresa com o que ouviu. O inesperado da declaração fez com que ela parasse por um instante, seus olhos se arregalando e seu corpo estremeceu.

Após o ato, Clara e César suspiraram, ambos relaxando enquanto se acomodavam lado a lado.  O ambiente estava imerso em uma calma tranquila, enquanto a música de Gal Costa preenchia o espaço com "Palavras no Corpo". César, ainda com os olhos fechados, envolveu Clara em um abraço acolhedor. Clara, sentindo o calor e a proximidade, olhou para ele com uma expressão pensativa.

— Eu ouvi o que você disse, sabia? — Clara comentou, a voz suave, enquanto repousava a cabeça no peito dele.

César abriu um sorriso leve, olhos ainda fechados, como se quisesse descontrair o clima. — Ouviu, é?

Clara riu baixinho, passando a mão pelo peito de César. — Não esperava ouvir isso naquele momento...

César a abraçou, puxando-a para mais perto. — Eu só queria ser honesto com você. Não consigo esconder o que sinto.