UM EX FUTURO ATUAL

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Roberto Nascimento:

O carro do soldado coelho está parado em frente ao prédio de Juliana. Olhei para o relogio 23:45 - mas que inferno...- pensei

Eu estava voltando de uma caminhada noturna, tentando espairecer a minha cabeça. Não era o melhor horário pra alguém que tem um alvo na cabeça. Sendo Capitão do BOPE e apelidado de ceifeiro pelos jornais, com certeza a minha cabeça valeria alguma recompensa. Mas nada disso era importante agora, eu precisava colocar meus pensamentos no lugar, toda aquele estresse e irritabilidade tinha um nome, sobrenome, curvas que eu me perdia e olhos penetrantes. Mais uma vez, Juliana estava acabando com o meu juízo.

Quando percebi o horário e vendo que o carro estava parado ali na frente, só pude pensar no que aquele infeliz estava fazendo com ela. A imagem dela sendo tocada por outro homem, me fazia estremecer de raiva. Eu não conseguia passar pela portaria do meu predio. Eu estava estático de ódio, a minha vontade era de entrar no apartamento de Juliana e descarregar minha pistola na cara daquele imbecil do Luiz.

Fiquei ali na frente como se nada mais importasse, como se não existisse um perigo eminente ao meu redor.

- capitão? O senhor esta bem?- a voz do porteiro me desprende daquele mar de pensamentos

- to só observando umas coisas, fica tranquilo e faz o seu trabalho - eu estava mais ríspido do que o normal

Olhei pro relógio novamente, e me assusto ao perceber que eu estava a mais de 1 hora ali parado encostado na grade da portaria.
Resolvo entrar, de nada adianta eu ficar igual um trouxa olhando o carro do idiota que come a minha mulher naquele momento. Um corno do cacete mesmo!

Da janela da varanda do meu apartamento, que me dão uma vista privilegiada, não tiro os olhos daquele corolla prata parado do outro lado da rua.

Minhas mãos geladas suando frio, denunciam o misto de emoções que ali eu estava sentindo. Eu não conseguia ver muita coisa alem da rua a frente do prédio.

Vejo um homem se aproximar do carro, aperto os olhos tentando enxergar, era o Soldado indo embora...- não vai dormir com ela? - pensei curioso

O carro seguia para longe sumindo da minha vista, e eu podia sentir o alívio ao ver aquilo. Mas algo me intrigava. Quem tranzaria com uma mulher adulta que mora sozinha e voltaria pra casa em seguida? Ele tinha a chance de dormir lá... a menos que não tenha sido o que eu tava pensando... e minha hipótese foi confirmada com a mensagem de Juliana em meu celular...

Eles não tinham feito nada, quem iria mandar mensagem pra um "ex futuro atual" depois de um "encontro" com outra pessoa?

Só tinha um jeito de descobrir se eu estava errado...

-

Quando Juliana pulou em meus braços eu senti a urgência que seu corpo procurava o meu.
Resolvi fingir que não sabia com quem ela estava antes, mas depois eu tiraria essa história a limpo.

Cada centímetro do seu corpo implorava o meu toque, seu olhar fixava ao meu, uma mistura de desejo e paixão. A mulher talvez insaciável parecia delirar a cada movimento que eu fazia.

A lingerie que eu dei pra ela estava perfeitamente ajustada ao seu corpo, como algo feito sob medida.

Eu não ligava mais nada, naquele momento o que eu queria estava em minha frente.
Que loucura de mulher... eu só podia ta afetado por essa insanidade. Só isso pra explicar o fato de aceitar Juliana em cima de mim mesmo sabendo que até 30 minutos atrás, ela estava com o imbecil... fazendo sabe-se lá o que...

Coloquei ela de quatro em minha cama e visualizei aquela bunda enorme virada pra mim.

- eu vou foder aqui hoje ...- falei passando o dedo na entrada do seu anus
- Não. Nem pense nisso ...- ela diz enquanto se retrai, a ideia de liberar o cu pra mim não foi aceita
- Fode a minha buceta, é o que você tem de direito...-
- É uma cachorra mesmo - meti com força a ponto dela soltar um grito ao invés de gemido

INDOMÁVEL - ROBERTO NASCIMENTOWhere stories live. Discover now