Capítulo 12 - Quero você somente para mim

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Aquele sábado parecia o mais longo do ano, sem que os dois notassem a passagem do tempo. No almoço, serviram-se se pedaços de frango, uma salada de folhas verdes e frutas diversas, além de água e vinho. Shelley estava faminta e vê-la destroçar uma coxa de frango, estranhamente fez Fred excitar-se. Ela o mirou e riu, dizendo:

— Você está pensando que sou uma morta de fome, né?

Ele devolveu-lhe, com um sorriso:

— Você está mais viva que nunca. Você é maravilhosa.

Ainda com a boca cheia, Shelley formou um sorriso comedido. Estava envergonhada pelo jeito como ele disse. Shelley pensou que ele a elogiava apenas pelo sexo que ela lhe proporcionava, porém, aquele homem nu, se aproximou dela, tocando-lhe o cabelo e disse, com ar mais sério:

— Shelley, quero você somente para mim.

A garota mirou-o com certa apreensão, imaginando as implicações disso para seu plano, porém, enquanto ainda deglutia o frango, ele continuou mirando em cada parte dela, apreciando-a:

— Vou tornar você uma princesa. Vou te dar tudo o que deseja. Você merece mais...

Shelley continuava a mastigar, mas a cada palavra gentil daquele homem, um calor subia-lhe pelas entranhas. Seus olhos começaram a espelhar-se.

— Se um dia alguém te rejeitou, esse cara merece morrer sozinho, pois, não viu a flor que você é...

Os olhos dela se arregalaram e ela questionou-se: "Como assim? Como ele pode saber de Edmond? Será que sabe?" Shelley formulava várias questões, mas Frederick a derrubou de suas divagações.

— Te tornarei a mais feliz do mundo, se quiser. A mais bela, das belas. A mais linda, das lindas. Se você deixar, te amarei como deve ser amada...

Shelley não suportou, pressionando seus lábios, enquanto suas órbitas derramaram suas primeiras lágrimas. Sua boca tornou-se trêmula e as mãos se juntaram sobre o ventre. Aquele olhar pedinte comoveu Fred, pois, sabia que aquela garota havia sido magoada. Ela pedia por mais, queria mais. Mas, não sexo. Ela implorava por amor, ainda que não fosse dele. Em sua longa experiência, aquele viking podia perceber o que acontecia com as mulheres.

Sim! Para Shelley, Fred descreveu aquele ingrato do Edmond, seu próprio filho. Aquela que rejeitou seu amor, seu coração. Todavia, a raiva e o rancor ainda lhe eram fortes, com a tristeza agora sendo convertida em força. Ela disse a Frederick Jensen, com voz embargada:

— Quero sim. Quero que me ame sempre...

Ela derruba mais lágrimas e Fred a abraça, sentindo as águas em seu corpo. O viking sentia a respiração irregular da moça, com seus seios amassados contra o corpo dele. Fred sabia agora que Shelley era totalmente sua. Dominado de paixão, o Jensen conjecturava sobre como manteria seu romance com a jovem de 19 anos. Eles nem haviam terminado a refeição e deitaram sobre as enormes almofadas da sala, já que estavam sentados no tapete do local.

Shelley avançou sobre ele, pedindo-lhe que a invadisse novamente. Fred assim o fez, depositando-se sobre a garota e a penetrando com a maior delicadeza, como se ela fosse feita de vidro, um cristal raro que pode ser facilmente quebrado. Enquanto ele a adentrava, a moça mirava nos olhos dele e as lágrimas lhe escorriam o rosto. Ter aquela visão turvou os olhos do viking, que se questionava ali, no calor do momento, como podia ter se apaixonado assim...

Fred deitou seu corpo sobre o dela e puxou-lhe uma das pernas, indicando que ela as cruzasse atrás de si. Outra lição que Shelley aprendeu, o que estimulou ainda mais o homem. No calor do desejo e ainda rememorando as palavras dele, ela se deixou levar:

— Eu te amo...

Ao ouvir, Fred deixou que uma lágrima caísse sem ela ver e passou a estocar com mais força, enquanto Shelley gemia e repetia o que acabara de dizer. Estimulado pelo sentimento dela e pelo próprio sexo, o nórdico a levou ao clímax, assim como a si. Após gozar dentro dela, Jensen não tirou seu membro, deixando-o lentamente voltar para o relaxamento. Sua boca foi procurada pela de Shelley e o homem mudara sua atitude, beijando-a com ternura.

Então, Shelley se sentiu grata por encontrar um homem tão bom, tão carinhoso e amoroso, enquanto era também másculo, viril, forte e prazeroso, um homem de verdade. Ela concluiu que, apesar da enorme diferença de idade, Fred lhe era completo. Tudo o que deseja estava nele, mas seu coração ainda pendia para o jovem e belo Edmond. Ali, Shelley Connor encontrou no pai o que sempre quis ver no filho...

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O tempo então passou rápido e um telefonema abreviou a estada de Fred e Shelley em Rhode Island. Marcy havia se sentido mal e Amanda Flores, a empregada da casa, conseguira ligar para Frederick. Ele desculpou-se com sua menina mulher, que não gostou de ter seu sábado maravilhoso prejudicado pela velha Marcy. Ainda assim, não deixou externar seu sentimento para não aborrecer o homem.

Shelley começou a pensar que Marcy seria uma pedra em seu caminho, assim como outra mulher, uma na qual jamais suspeitaria que roubasse o coração daquele que ela mais desejada. Sophie era outra que também se tornara um problema. Mesmo assim, por ora, a jovem se contentou em aprender e ter o amor de Frederick. Este, por sua vez, estava dominado por aquela paixão.

No retorno, Fred mudou a rota e foi até Hartford, a contragosto de Shelley, que não queria levantar suspeitas sobre seu envolvimento com alguém, ainda mais um cara com um Cadillac DeVille novinho em folha. Na cidade, existiam universitárias que vendiam o corpo para pagar as caras mensalidades de seus cursos. A maioria dos habitantes conhecia algumas delas e, por vezes, as mais azaradas eram hostilizadas.

Numa região puritana, garotas de programas erram bem mal vistas e Shelley não queria ser confundida com uma delas, ainda mais por ser natural de lá. "O que pensaria Edmond?", chegou a questionar-se. Fred, porém, insistiu, já que agora ela lhe pertencia. "Não se deixa um pertence valioso sob o risco de roubarem", conjecturou-o sobre a jovem. Ele até pensou em externar esse pensamento, mas sabia que ela entenderia como se fosse um mero objeto.

Ele temia que ela pensasse assim, por isso explicou que deveria cuidar dela e o faria de qualquer forma, fosse qual fosse. No fim, Shelley se sentiu profundamente amada e protegida. Perto de sua casa, demorou uns 10 minutos para sair do carro, observando o melhor momento para não ser flagrada por nenhum vizinho. Por sorte, após alguns beijos e carícias, a rua ficou vazia e ela projetou-se para fora, caminhando rapidamente até sua residência. 

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