Capítulo 24 - "Ela é uma bruxa"

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Jensen, excitado por dominá-la em uma situação como aquela, começou a beijá-la no pescoço, voltando à boca que a jovem tentava inutilmente desviar. Sentindo também desejo, a razão dentro de Connor dizia que era preciso vingar-se primeiro. Então cedeu ao homem, beijando-o com voracidade. Assim, o dinamarquês soltou-lhe as mãos e ela o abraçou, sendo beijada por ele como se o mesmo fosse um animal devorando sua presa.

Ela puxou Frederick para o seu quarto, beijando-o e o fazendo deitar na cama. Então, abriu o armário e retirou dois roupões, arrancando-lhes as faixas de amarração. Fred, ao ver as tiras nas mãos dela, imaginou logo que seria mais uma fantasia da garota e se preparou animadamente, denunciando seu estado com a "barraca armada".

A garota, após jogar ao chão o uniforme, sem questionar, tomou-lhe um dos braços e o amarrou com a tira do roupão, prendendo-a no pé da cama box. Fez o mesmo do outro lado, deixando Fred firmemente preso. Ela depositou sob a cabeça dele, dois grandes travesseiros para que ele pudesse ver além de seus pés.

— Faz comigo o que você quiser, konnie...

— Farei sim "amor"...

Excitado, o coração de Frederick foi para 120 bpm quando ela fez tocar uma música sensual no aparelho de som da sala. Entrou no quarto carregando uma cadeira e a colocou diante da cama.

— Papai... — sussurrou.

Fred sentiu sua garganta quase fechar ao ouvir a voz de Shelley em um tom que seria capaz de o fazer chegar ao clímax sem mesmo tocar nela. Ao lado da cadeira, Connor começou a rebolar sensualmente, fazendo movimentos com os braços e quadril, como que numa dança lenta. Seu olhar era como de uma sereia que enfeitiça o coração dos marinheiros. "Ela é uma bruxa!" pensou Fred.

— Papai...

O sussurro longo de Shelley fazia o corpo de Fred arrepiar-se como que ligado a uma corrente de 220V. Cada vez que falava, sua boca parecia exalar veneno, mas daquele que mata de prazer. Com a língua a deslizar sobre os lábios e as mãos a percorrer o próprio corpo, Shelley parecia possuída, com seus olhos estranhamente brilhantes de desejo. Pareciam querer o proibido. A excitação de Fred estava ao nível elevado.

— Papai...

Após contorcer-se novamente, com aquela voz diabolicamente atraente, que se fosse droga, o levaria a uma viagem sem volta, Fred viu Shelley jogar a blusa azul longe, assim como vislumbrou o deslizar da calça. Apenas de lingerie preta, Connor retirou suas peças lentamente, sempre provocando Frederick.

— Papai...

— Vem konne! Não aguentou mais!

— Xiiii! Cala a boca, papai...

Shelley sentou-se na cadeira e apoiou as pernas na cama, exibindo sua intimidade. Porém, para Fred, veio uma surpresa. A garota havia se depilado, deixando seu capô de prazer totalmente como veio ao mundo. Isso deixou Fred ainda mais excitado. A garota começou a dedilhar sua genitália, exibindo os grandes e os pequenos lábios para apreciação do homem.

— Para com isso, konne... Vem cá, senta na minha cara.

— Cala a boca... Papai...

"Papai", dito lentamente, era como álcool fazendo efeito na mente de Frederick, que se sentia mais possuído por aquela garota. Apertando os seios enquanto dedilhava sua intimidade, enfiando os dedos dentro de si, Shelley maltratava o pobre homem, preso inutilmente à cama. Ele bem que tentou se libertar, mas não dava. Esfregando com avidez sua intimidade, a jovem agora gemia e gritava "papaiiii" insistentemente.

Provando por vezes de seu próprio néctar do desejo, o qual também lambuzava os bicos entumecidos de seus seios, Shelley fazia também a língua dançar nos lábios. Logo, a boca se abriu diante do orgasmo que se aproximava e Fred implorou para ser liberto. Estimulando rapidamente seu clitóris, Connor repetia como um mantra, a palavra que deixava Fred no nirvana.

Ela então gemeu alto enquanto o líquido branco do clímax escorria de dentro de si até a cadeira. Fred, diante da cena, teve uma ereção precoce, gemendo baixo e vendo seu esperma cair sobre seus pelos, mesclados com pentelhos brancos. Nunca tivera um orgasmo dessa forma, não quando adulto. "Essa garota é um demônio vindo de Helheim, só pode! Como eu consegui gozar assim? Nem mesmo todas as vadias do mundo fariam isso!", pensou.

— Ai! Papai... Gostou dessa lição?

"Caralho! Onde ela aprendeu isso? Sou o professor aqui, porra!" conjecturou.

— Shelley, quem te ensinou isso?

— Você não vai querer saber...

A voz dela continuava alterada, como se possuída. Era jocosa, deliciosamente embriagante.

— Fala! Onde você viu isso? Fita pornô?

O balançar do dedo indicador dela e seu sorriso sarcástico provocaram em Frederick a ira dos deuses.

— Me solta!

— Não, não, não...

— Me solta porra!

O som de negação vindo da boca provocativa de Shelley, repetidamente, tornou a ira de Fred ainda maior. Seus músculos agora estavam totalmente retesados e o viking pediu a Odin a força dos deuses para se livrar daquelas amarras. Em pé, Connor continuou sua dança e provocando.

— Ele veio até aqui...

— Quem? Quem veio? — perguntou visivelmente irado.

— Você o conhece...

Fred se fazia mil perguntas, sobre quem era o cara que havia estado no apartamento dela. Por minutos, vários rostos passaram por sua mente como fantasmas famintos por Shelley, como alguns dos vendedores da loja, porém, imaginou um colega de faculdade, um cliente da Barkley's, um vizinho do prédio, sim, pessoas que ele já tinha visto.

— Nossa, ele é tão parecido com você...

— Me tira daqui! Quem é esse cara? Eu mato ele! Mato! Maldito! Maldito! Ah! Maldição!

Fred começou a dizer coisas impronunciáveis em dinamarquês, como que proferindo uma maldição sobre o homem que ousou tocar em Shelley. Quanto mais ele gritava e protestava, Connor sentia mais prazer em pisar no pescoço dele. Sua dança sensual e as provocações transformaram o viking num dragão, numa besta possuída por ódio. Ela não percebeu, mas o homem se contorcia como que se transformando em algo terrível.

Então, uma das tiras que o prendia rompeu com a incrível força de Frederick. O som chegou aos ouvidos de Shelley, que se assustou e virou-se para ver. O homem soltou imediatamente a outra mão e avançou velozmente em direção à moça, cujo coração disparou sem saber o que viria a seguir...  

Os Irmãos JensenOnde histórias criam vida. Descubra agora