Capítulo 14 - Embaçando os vidros

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Os encontros eram quentes em um estacionamento perto da velha estação de trem. Era um ponto conhecido por casais que iam ter ali mais que uma simples conversa em seus carros. O Stratus era alugado e o nome do cliente sempre ficava em sigilo na locadora em questão. Não tinham muito tempo e nos dias em que ia de saia ou vestido, a garota saía da loja já sem calcinha, para facilitar.

Fred a tomava no carro mesmo, fazendo-a sentar sem seu membro, enquanto chupava os seios dela, como se fossem sua última refeição. Shelley cavalgava dentro do carro no escuro daquele local, quase sempre fazendo Jensen gozar mais de tensão pelo risco de ser pego do que pelo prazer. Às vezes, ela sentava sem seu órgão e segurava o volante enquanto subia e descia. Imitava passar marchas e estar guiando o carro, entre gemidos.

Fred ora ria, ora achava excitante estar ali, perto de um flagrante da polícia. O proibido era tentador, fazendo seu coração acelerar enquanto o gemido alto de Shelley parecia um alarme de incêndio para os bombeiros da cidade. Ele erguia o corpo dela e o deixava escorrer sobre seu instrumento fálico.

Ela, muitas vezes, desmaiava sobre ele, com sua bunda perfeita a pressioná-lo. Nesse momento, Fred sempre metia a mão na intimidade dela, com a outra nos seios da jovem. Tudo era muito rápido, durava no máximo 30 minutos, já que o último ônibus para Hartford saía às 20h. Fred amaldiçoava o relógio, praguejava contra o tempo. Queria a loira em tempo integral. Era uma sensação insana, pensar em prendê-la numa casa, apartamento ou o que fosse.

Fred chegava a conclusão que perdia a razão diante de Shelley e que tinha de controlar-se. Um dia, levou-a até Hartford, deixando-a logo após a passagem do ônibus. Constância era muito preocupada com a filha e vez ou outra ligava para a loja para saber se ela já havia saído quando o ônibus atrasava. Por sorte, o pessoal que ficava até a saída de todos os funcionários, atendia mães e pais preocupados com alguns funcionários mais jovens.

Shelley se sentia feliz com os encontros "automotivos" ao final de cada expediente, mas Frederick não. Tê-la todo dia no carro não era suficiente e percebeu ainda que ela gostava de transar ali, sob o risco de ser pega com um dos homens mais ricos de New Haven. Os fins de semana eram cheios de compromissos e o viking não suportava mais aquilo.

No último encontro com Connor no Stratus preto, após duas semanas fazendo sexo no estacionamento sombrio, Fred expôs sua ideia.

— Konne, quer morar em New Haven?

— Morar aqui?

— Sim. Te compro um apartamento amanhã mesmo!

A garota ficou pensativa, conjecturando o que diria aos pais.

— Diga a eles que você alugou um apartamento aqui para não ficar tão tarde para ir embora.

Shelley ficou novamente surpresa com Frederick, pois, parecia que ele podia ler sua mente. Entendia suas preocupações, sabia o que ela realmente queria e precisava.

— Está certo! Sim! Que quero!

A jovem sorriu e Frederick ficou muito contente, corando-se como se fosse comprar sua primeira casa própria. Após beijos intensos, Shelley ampliou a coisa.

— Meu amor... Você é louco! Mas amo isso em você!

Quando ia dizer algo, a garota o interrompeu.

— Olhe! Vou ajudar na decoração, viu?

Ele assentiu, ainda feliz. Shelley, entusiasmada, parecia uma criança quando lhe expôs seus planos diários com o novo lar.

— De manhã cedo, vou de ônibus até a universidade e volto para o almoço. Então, vou trabalhar e quando chegar em casa, você vem me ver. O que acha?

— Maravilhoso konnie. Posso ficar até tarde da noite contigo!

— Ai! Vou amar!

Após mais um beijo dela, Fred explicou:

— Quando chegar em casa, tente imaginar como será o apartamento. Já tenho um em vista.

— Você já tinha pensado nisso?

— Sim! Te quero perto, esqueceu? Por isso, pense em como será sua futura residência. Olha, não poupe despesas. O que você quiser, você terá.

— Eu te amo!

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No dia seguinte, Frederick Jensen comprou um apartamento no prédio 305 da Rua George, na região central de New Haven. Ficava a dois quarteirões da Barkley's e seria ótimo para Shelley. Pequeno, tinha somente um quarto grande, uma sala com cozinha americana, dois banheiros e uma boa despensa com lavanderia. Discreto e modesto, tinha frente para a rua, mas sem sacada.

Com garagem interna, parecia razoavelmente seguro para Fred. Era melhor que transar num Chrysler Stratus correndo risco de ver a polícia ou, pior, bandidos. Localizado no primeiro andar, o apartamento permitia a Fred ir facilmente pela escada, evitando encontrar alguém conhecido no elevador. O espaço já estava decorado, mas Shelley faria mudanças profundas ali.

Ele a levou na noite seguinte, após ela sair da loja. Dessa vez, o Stratus não ficou parado num estacionamento escuro, balançando ao sabor dos movimentos de Shelley sobre Frederick. Agora, suas molas teriam um descanso merecido, já que seriam as da enorme cama king size que o nórdico colocou no quarto. Antes de entrar no apartamento, ele a vendou com um pano. Emoções fortes viriam com o retirar da venda...  

Os Irmãos JensenOnde histórias criam vida. Descubra agora