Capítulo 32

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— Por que achariam isso?!

— Faria muito sentido considerando as evidências. A única coisa que impediu Mark de ser executado foi que não encontraram um motivo para ele ter feito isso. E não atrapalha quando seu irmão é o outro líder da base.

— Executado?

— Eles acharam uma filmagem da hora exata, pois ali era um dos locais que Klaus utilizava como base de operações, nós só não sabíamos disso. Por causa do ângulo, pareceu que os raios vieram de mim. Dava para contar nos dedos o tanto de pessoas que sabiam que ela era minha esposa. Conseguimos manter isso fora dos registros. — explicou meu pai.

— Mas... então, você foi expulso? Da sua própria base? Pelo seu próprio irmão?

— Falando assim, parece errado, mas nós dois já havíamos combinado que, se um de nós pisássemos fora da linha, o outro teria que interferir.

— Mas você não pisou! Obviamente, foi uma armadilha.

— Eu sei, filho, mas não tinham evidências que provassem o contrário. Ele, Bruce, Frank e os três membros da minha equipe acreditaram em mim. Lia tentou ler minha mente para ver a verdade, mas não encontrou nada. Como se minha memória tivesse sido bloqueada.

— Isso já aconteceu comigo uma vez. — afirmei. Percebi que teria que contar a história do início e assim o fiz. Sentamos na mesa da cozinha e contei tudo sobre minha Missão da Montanha. Mas eles não paravam de fazer perguntas.

— E Frank, como ele tá? — perguntou Bruce. — Esses dois costumavam disputar tudo. — disse ele apontando para meu pai.

— Tá ótimo. Enfim, quando entramos pela caverna, três garotos do Avalon apareceram. Eles haviam se escondido no helicóptero pois queriam rever a montanha.

— Como se esconderam? Eles nunca deixariam isso passar despercebido. — indagou meu pai.

— Um deles, que é psíquico, os fez invisível. Bloqueando a imagem deles do nosso cérebro.

Continuei contando a história tentando responder as interrupções o mais rápido possível. Quando terminei, eles estavam pasmos. A Pedra de Scaldor, o garoto misterioso, a lança vermelha. Tudo foi uma surpresa para ambos.

— Mark! Eles encontraram a Pedra de Scaldor! Seu filho a encontrou! Ben, precisa nos levar lá. Você não sabe por quantos anos procuramos essa Pedra e falhamos.

— Filho, por que não me contou isso antes?

— Até trinta minutos atrás eu achava que não podia. É informação confidencial.

— Muito bem, garoto. Que bom que nos contou agora. — afirmou Bruce, animado. — Quem diria que realmente estava naquela ilha, hein? Onde tá a lança que o menino te deu?

— Ficou no Avalon. Estão examinando porque ela transmite uma energia muito forte, coisa que ninguém havia visto antes. Lia não encontrou nem a Pedra, nem o garoto e nem como consegui a lança nas minhas lembranças.

— Muito estranho isso. — disse meu pai. — Será que... Não, não é possível.

— O que não é possível? — perguntamos eu e Bruce juntos.

— Esse garoto, ele disse seu nome?

— Você não acha que é... — perguntou Bruce

— Quem mais poderia ser?

— Por favor, me incluam! — afirmei.

Aparentemente, meu pai e Adams, quando tinham uns dezoito anos de idade, escalaram uma montanha, como faziam de vez em quando. Em uma das áreas planas dessa tal montanha, encontraram uma casa. Os dois acharam estranho e resolveram investigar, mas antes que pudessem abrir a porta, um garoto a abriu e sorriu para os dois. O garoto vestia um casaco extremamente escuro com pontinhos brancos, exatamente igual quando o encontrei no vulcão.

Benjamin Heartwell e a Pedra de ScaldorOnde histórias criam vida. Descubra agora