Milagre de Natal, parte 2

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Nossos peitos subiam e desciam sincronizados. Respiravamos o curto ar que saia da boca uma da outra enquanto nossos lábios abertos quase se esbarravam. Meu coração bombeou mais rápido quando ela levou a mão até meu rosto, segurando-o lateralmente ao descer o dedão até minha boca. Meus olhos foram aos seus, e pareciamos adolescentes prestes a fazer algo errado num lugar mais errado ainda. Deus… Eu sabia que não era a melhor noite para isso, mas aquele chanel loiro combinando com suas sobrancelhas ruivas franzidas em dominância me fez perceber que não tínhamos ficado desde a mudança de visual. Aquilo ligou o desejo em mim. Todas as posições possíveis vieram em minha mente, e seu novo tom de cabelo entrava em destaque. Eu queria realizá-las.

Natasha me deu um selinho demorado, depois veio de vez, mais feroz, e eu permiti. Me despojei por cima dela, ainda sentada, sentindo suas investidas evoluírem com luxúria. Não havia delicadeza, mas havia compaixão, além de um pouco de desespero. Nossas bocas pareciam uma só, nossas línguas se abraçavam molhadas. O ar se tornava pouco e nos fazia separar, mas apenas para voltarmos com mais empenho. Queríamos nos possuir. Sua mão escorregava pelas minhas costas, e outra tentava chegar até a minha bunda, me desvirtuando. O calor estava aumentando, e usar o que eu usava não cooperava. Tudo se tornava duas vezes mais excitante.

Tentei dominar o beijo, confrontando-a, mas ela sabia como contornar. Senti o atrevimento de sua língua e o meu desmanche foi automático. Ela aproveitou para me beijar como quisesse, me explorando, pois agora tinha o controle. Tentando me manter, minhas mãos foram para seu busto enquanto as dela seguravam meu corpo e minha cabeça. Nossos lábios estavam quentes, e eu precisava de mais, então avancei para tirar sua blusa enquanto minha boca ainda era experimentada.

— Tira isso… — Pedi quando ela me deu oportunidade de falar. Natasha tirou a blusa e eu fui montando nela. Suas costas bateram no colchão. Desci com mais beijos em sua boca, que agora se encontrava rosa. Sentia-me incansável. Eu não estaria satisfeita até esgotar-me. Suas mãos continuavam a vasculhar meu corpo acima dela, o que me fez deitar, sendo facilmente manuseada. O prazer estava descendo para dentro das minhas coxas. Gemi no meio do beijo, e foi o gatilho que lhe faltava para mudar nossas posições.

Natasha tirou sua última peça de roupa, mantendo as íntimas. Assisti ela ficar por cima, balançando o colchão enquanto vinha em minha direção. Minhas pernas se abriram para envolvê-la. Meu coração estava veloz. Meus antebraços descansaram nos seus enquanto eu segurava seus ombros. Sua corrente brilhava, seus olhos também. Senti seu joelho vir contra minha intimidade. Reagi abrindo a boca, e ela aproveitou para tomá-la de novo. Segurei sua bochecha enquanto ela chupava minha língua no meio da união de nossos lábios sensíveis. Sentia seu movimento com o joelho, e tudo isso somado estava me fazendo sonhar acordada. Minutos se passaram apenas em sons de beijos e suspiros densos, como se estivéssemos em uma casa dos prazeres.

Sua boca desceu pela minha mandíbula, depois caminhou para o pé da minha orelha. Meus pelos reagiam se arrepiando. Minha visão estava turva, mal conseguia abrir os olhos. Os beijos de Natasha tinham poder em mim, e não só por serem beijos, e sim pelo sentimento que ela transmitia através deles. Eu sentia o seu prazer, sua vontade de me ter, mas também o seu amor e sua proteção. Eu não tinha ponto fraco, Natasha era meu ponto fraco, e meus sentimentos por ela não poderiam ser mais fortes e verdadeiros. Eu era nua para ela.

Em meio a esses pensamentos, só voltei a raciocinar quando a senti beijar o vão dos meus seios. Segurei seu cabelo curto com carinho, admirando a vista. Seus dentes afastaram o tecido até meu bico saltar da lingerie. Dei um sorriso de lado, e ela reparou.

— Eu amo quando sorri para mim. — Ela sussurrou. Trouxe seu rosto para cima do meu. — Amo o jeito que seus olhos brilham quando faz isso.

— Deveria ver os seus… — Sussurrei ainda mais baixo. Ela ficou hipnotizada em meu rosto, então inclinei-me e dei um beijo em sua mandíbula, dando-a as mesmas carícias que me forneceu, tentando seduzi-la. Sabia que ela havia fechado os olhos. — Eu amo o jeito que eles me olham… Faz o meu corpo ferver.

Tudo Vermelho - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora