— Tá, o que a gente faz agora? — questionou Peter, recostado na poltrona revestida com um plástico impermeável.
— Tem o clássico Uno, mas não tô muito pilhado pra jogar isso agora — James, que estava sentado em cima do braço do sofá, usou a cabeça de Sirius para apoio para o braço, que o olhou com irritação.
— A gente trouxe... Ei, cuidado com o meu cabelo James, eu acabei de lavar. Enfim, a gente trouxe Banco Imobiliário e Twister...
— Twister! — berrou Frank, que voltava do banheiro. — Nossa, Twister, por favor. Fazem séculos que eu não jogo.
— Seu pedido é uma ordem!
Regulus não disse nada. Não estava com muita vontade de se levantar do chão de madeira gelado que estava. Era de tarde, e a manhã na praia foi cansativa o suficiente para fazer a ação de ficar parado com a bunda doendo e abraçando as pernas parecer um tanto confortável.
Mesmo assim, aceitou a mão de James quando ele a ofereceu para ajudá-lo a se levantar.
Em alguns minutos, eles já tinham empurrado as coisas da sala de estar para a cozinha e estendido a lona no chão, decorando o piso com círculos coloridos.
— Quem que gira a roleta? — perguntou Frank.
— Pode ser eu — se voluntariou Remus. — Tipo, até queria jogar, mas minha dor nas costas vai me matar se eu tentar.
— Fechou então, o Regulus começa e eu sou o segundo — Sirius passou a roleta para Remus.
— Ei! Por que eu que tenho que ser o primeiro?
— Porque daí, como eu sou o segundo, se eu cair é em cima de ti e tu perde também — deu de ombros. — Enfim, pode girar aí Remmy.
— Mas isso não faz o menor sentido... — bufou Regulus.
— Tá, é... Regulus, pé esquerdo no azul...
O jogo foi acontecendo como se fosse um novelo de lã. Desenrolando com várias risadas e resmungos, foi tudo harmoniosamente satisfatório de se ver. Todos se emaranhavam em posições extremamente complicadas, quase fazendo nós nos próprios corpos e ficando por um fio de cair.
Peter caiu no chão até que rápido, uma vez que seu equilíbrio era precário e ele não tinha muita elasticidade, mas os outros permaneciam firmes e fortes. As panturrilhas de Regulus queimavam, mas a graciosidade do seu equilíbrio era o que compensava a falta de força.
— Regulus, mão esquerda no verde.
Virou a cabeça para ver onde ficava e bufou, desacreditado. Nem soube como tentar chegar lá. Restava apenas um círculo verde disponível, ele estava do outro lado da lona. James estava bem na frente, mas na posição que ele se encontrava, não tinha como desviar a mão por lugar algum. Ele teria que passar o braço por cima do garoto e, por não ser lá dos mais altos, precisaria ficar próximo do Potter para conseguir alcançar e não cair.
— Eu desisto — falou, sem nem se mover.
— Que desiste o quê, pelo menos tenta — Frank incentivou.
O Black prendeu a respiração ao deslocar parte do corpo para a diagonal, tentando não esbarrar em ninguém. Realmente tentou encontrar uma forma de se posicionar melhor, mas a única forma de não cair ao ter colocado a mão no lugar certo era basicamente ter uma mão de cada lado do corpo de James, a lateral de seu tronco encostando no dele.
Estavam tão próximos que foi fácil sentir a respiração regulada e quente do garoto. Seu coração acelerou, e ele esperava que o outro não pudesse sentir enquanto cuidava para respirar da mesma maneira calma. Era possível sentir o calor emanando do corpo de James, quase como se fosse o próprio sol aquecendo o ambiente. Aquilo o estava deixando louco.
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garçon d'oro- jegulus
أدب الهواة(Obs: garçon≠garçom, ninguém é um garçom!!!) Onde não existe magia, a menos que você conte a tecnologia do século XXI e a mente brilhante do brasileiro. James tinha tudo que continha o ódio de Regulus. Tudo. Era popular, riquinho, jogava bola diar...