Depois daquela revelação sobre o namoro de James, os dois garotos continuaram conversando. Riram da diferença da comida favorita deles, pois a de Regulus era o salmão grelhado de um restaurante chique da cidade enquanto o de James era pizza portuguesa.
O Black ficou feliz em fazer bullying com ele ao descobrir que ele veio do Rio de Janeiro, imitando um sotaque carioca malfeito. Potter entrou na brincadeira e fez um sotaque sulista também.
Filosofaram sobre o futuro que queriam também, pois é o tipo de coisa que faz você entender melhor a outra pessoa. James não tinha bem um plano e estava longe de ter certeza do que queria cursar. Talvez levasse fotografia como um trabalho, ele realmente gostava daquilo, mas considerava ainda ter muito tempo pela frente. Regulus já tinha esquematizado os próximos seis anos de sua vida, onde ele cursaria direito na UFRJ, faria um estágio, depois se formaria e conseguiria um emprego fixo. Era esse o plano. Mas teve que ser honesto, admitindo que não sabia se era exatamente isso que ele queria. Ele tentava se convencer de que sim, mas abriu seu coração ao contar que sonhava em cursar musicologia.
O tempo passou graciosamente e sem pressa feito um pedalinho em formato de cisne num lado ao fim de tarde. Regulus não queria apreciar tanto a presença do garoto, mas apreciava cada dia mais, e estava a chegar em um nível que doía. Se concentrava em olhar fixamente para pontos aleatórios, pois seu coração acelerava loucamente apenas de olhar para James.
A energia deles já tinha praticamente esgotado quando olharam pela porta de vidro e lá fora já não estava mais tão escuro. O sol ainda não tinha raiado, mas parecia bem perto disso.
— Bora ir na praia ver o nascer do sol? — James sugeriu, animado apesar do sono.
— ... Agora? — respondeu sem mover um músculo, meio jogado no chão da sala. — Preguiça... E tu parece tipo, morto de sono. Sei não se é uma boa ideia.
O olhar de Potter se dirigia do céu la fora para o Black
— Tô nad... — foi interrompido pelo próprio bocejo, entregando a mentira que iria contar. — Tá, talvez eu realmente esteja, mas e daí? Um dia, eu vou ficar velho e fisicamente não vou conseguir assistir o nascer do sol na praia. Principalmente não com alguém tão incrível assim. É claro que é uma ótima ideia. Nós somos tão jovens, estamos na fase de aproveitar. É melhor se arrepender de ter feito do que de não ter feito, não é?
Regulus olhou para a cara amassada de James e sua camiseta amarrotada. Seu coração batia tão intensamente dentro do peito que parecia que logo rasgaria a pele de seu peitoral e se arrastaria até ele utilizando veias e vasos sanguíneos como apoio. James era uma preciosidade, uma jóia tão rara que deixava extremamente difícil de se acreditar ser real.
Mesmo com uma preguiça crescente e os ouvidos zumbindo, Regulus jamais pensaria em não aceitar a proposta. Ele faria de tudo para ver aquele brilho no olhar de James, especialmente se ele o olhasse.
Um sorriso lentamente cresceu em sua face enquanto sentia as bochechas esquentando pela forma que James o chamou de incrível.
— Beleza, não vejo porque não.
Todos dentes brilhantes de James apareceram no sorriso que ele deu em seguida.
Minutos depois, os dois já andavam descalços na areia fina, que serpenteava ao redor de seus pés a cada passo. Ventava, não o suficiente para estar verdadeiramente frio, mas apenas para bagunçar o cabelo deles.
Acharam um lugar bom para verem o nascer do sol, então James se sentou diretamente na areia. Regulus permaneceu de pé.
— Ué, vai ficar aí em pé parado?
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garçon d'oro- jegulus
Fiksi Penggemar(Obs: garçon≠garçom, ninguém é um garçom!!!) Onde não existe magia, a menos que você conte a tecnologia do século XXI e a mente brilhante do brasileiro. James tinha tudo que continha o ódio de Regulus. Tudo. Era popular, riquinho, jogava bola diar...