— Me explica isso direitinho aí. Você foi em um encontro com o Potter? — Barty quis saber.
Regulus se ajeitou no banco da mesa em que eles lanchavam.
— É forma de dizer. De forma bem resumida, ele basicamente me usou pra não desagradar uns amigos fumantes dele dizendo que nós iamos sair juntos. Aí como ele é naturalmente um ser irritante, ele ficou me enchendo o saco pra eu matar as aulas que eu tinha naquela tarde pra realmente sair com ele pra aquilo não ser mentira.
— E você aceitou mesmo? — Questionou Dorcas, se esquecendo completamente de acabar de tomar seu suco.
— Não. Aí ele me subornou. E aí eu aceitei.
Decidiu deixar de lado a parte onde ele recusou que ele comprasse a comida para ele. E a parte que, por Potter tê-lo ignorado nessa decisão, acabou com dor de barriga.
— Pelo menos ele é inteligente, aparentemente — apontou Pandora. — Eu demorei um tempo até entender que você funciona à base de suborno.
— É. Sei lá — Regulus brincou com um de seus anéis, entediado.
— Mas pode falar a verdade, foi uma merda, né? — Barty perguntou.
Regulus abriu a boca para responder, mas a fechou sem emitir som algum. Seu primeiro instinto era falar que sim, já que antes ele não conseguiria imaginar nenhum cenário onde estar com James seria legal. Mas será que era mesmo? Ele estaria mentindo se falasse que detestou completamente.
— Regulus?
— Eu acho... Poderia ter sido pior, sabem. Não foi a coisa mais legal do mundo, eu admito, mas ele até que é meio querido. Irritante, com a mais pura certeza, mas tentava ser simpático e puxar conversa.
— Gente, eu tô ouvindo isso certo? — Dorcas perguntou aos demais, que pareciam igualmente abalados com as informações.
Todos o encaravam de forma estranha. Era costumeiro eles falarem mal dos mais populares, especialmente de James, então não pareciam assimilar tudo corretamente.
— Também não é pra tanto gente, já disse que não foi incrível. Mas o Potter me impediu de tropeçar em um buracão na calçada e me pagou um pastel, então não teria como ser tão ruim assim.
— Com James Potter? É claro que teria. Acho é que ele drogou teu pastel pra fazer você alucinar, só pode — Barty opinou.
— E digo mais... Ah, espera, falando no demônio, olha ele ali — Evan apontou para, não uma, mas duas pessoas.
Regulus reconheceu Potter quase que imediatamente. Os olhos por trás do óculos enrugavam com o sorriso largo que ele tinha na face. Mas o que mais chamou sua atenção não foi isso, e sim que sua mão bronzeada se entrelaçava com uma outra – que não era dele.
Aquela mão pertencia à uma ruiva que Regulus reconheceu vagamente como Lily Evans. Ela tinha um longo cabelo ondulado, o rosto completamente salpicado de sardas e os olhos verde esmeralda. Um vestido verde comportado caía perfeitamente no seu corpo plus size que simplesmente se agarrava em James, os olhos brilhando em felicidade.
Pelo jeito que os dois estavam, não era preciso de muito para alguém deduzir o que aquilo significava. Mas para Regulus, aquilo foi extremamente desconcertante, uma vez que, para ele, alguma coisa ali não encaixava. Ok, talvez eles parecessem bonitinhos como casal, mas ele simplesmente não conseguia deixar de se incomodar. Aquela garota ao lado dele... Aquilo simplesmente não ornava! O Black podia não ser próximo do Potter, mas ele ainda sentiu que aquela não era a pessoa certa para ele, como se os roteiristas não tivessem se entendido direito com os atores da novela que aquela escola era.
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garçon d'oro- jegulus
Fanfic(Obs: garçon≠garçom, ninguém é um garçom!!!) Onde não existe magia, a menos que você conte a tecnologia do século XXI e a mente brilhante do brasileiro. James tinha tudo que continha o ódio de Regulus. Tudo. Era popular, riquinho, jogava bola diar...