Uma conversa sincera

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                                                                       CAPÍTULO 18


     A manhã estava tranquila na casa, mas o clima ainda era tenso após os eventos da noite anterior. Jeonghan estava na cozinha, preparando o café da manhã de Chan. O garoto estava sentado à mesa, mordiscando uma fatia de maçã enquanto Jeonghan o observava com carinho, embora o peso das últimas horas ainda pairasse sobre ele.

— Está gostosa? — Jeonghan perguntou, colocando mais um pedaço de fruta no prato do menino. Chan acenou com a cabeça, mastigando lentamente, mas sem a usual animação.

     No andar de cima, Seungcheol estava no quarto, conferindo os itens na mochila de Chan para a aula de natação. Ele suspirou profundamente, os pensamentos ainda pesados pelo que havia acontecido. Tentava não pensar no desconforto da noite passada, mas sabia que isso afetava a todos, principalmente Chan. Após revisar tudo, ele desceu as escadas, encontrando Jeonghan e Chan na cozinha.

— Bom dia, pessoal! — Seungcheol disse, tentando soar mais leve do que se sentia.

Jeonghan sorriu, tentando aliviar o clima tenso. — Bom dia, Seungcheol.

     Chan, no entanto, continuou concentrado em sua comida, ignorando completamente o pai. Seungcheol observou o garoto em silêncio, a expressão em seu rosto suavizando ao perceber o peso do momento. Ele olhou para Jeonghan e fez uma mímica, apontando para Chan e depois para si mesmo, como se perguntasse: "Ele ainda está chateado?"

     Jeonghan entendeu imediatamente e assentiu com um olhar compreensivo. — Eu vou falar com ele, não se preocupe — Jeonghan disse em um tom baixo, tentando manter a paz.

     Seungcheol suspirou, claramente desconfortável com a distância entre ele e o filho. — Obrigado, — murmurou, antes de se afastar um pouco para deixá-los à vontade.

     Jeonghan se aproximou de Chan com delicadeza, inclinando-se para falar com ele. — Chan, vamos escovar os dentes antes de sairmos, tudo bem?

     Chan acenou lentamente e desceu da cadeira, pegando a mão de Jeonghan sem dizer nada. Jeonghan lançou um último olhar para Seungcheol antes de levar o garoto para o banheiro.

     Após Chan terminar de escovar os dentes, ele correu para se despedir de Mingyu com um abraço caloroso, enquanto Seungcheol observava de longe, esperando ansiosamente para ver se o filho viria até ele também. No entanto, Chan não o fez, optando por ignorá-lo. Seungcheol percebeu ali que o garoto estava realmente magoado, e isso pesou em seu peito.

     O dia lá fora estava quente e ensolarado, o tipo de clima perfeito para um banho de piscina, mas o silêncio entre eles tornava o ambiente tenso. Conforme caminhavam em direção à aula de natação, Jeonghan, percebendo que Chan estava muito calado, decidiu tentar entender o que passava pela cabeça do garoto.

— Chan, você ainda está chateado com o seu pai? — Jeonghan perguntou suavemente, diminuindo o passo ao lado do garoto.

     Chan, com o rosto sério, fez um bico e soltou um suspiro pesado antes de finalmente responder:

— Sim, tô — ele murmurou, cruzando os braços. — Eu não fiz nada de propósito, e o papai foi mal comigo. Ele nunca passa tempo comigo.

     Jeonghan observou o garoto atentamente, vendo o quanto isso realmente o incomodava. Ele diminuiu o passo ainda mais, agora caminhando lado a lado com Chan.

— Mas você sabe que ele não fez isso porque queria te magoar, né? — Jeonghan começou, tentando ser cuidadoso. — Seu pai tem estado muito ocupado ultimamente.

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