CAPÍTULO 11
O sol da manhã começava a iluminar suavemente o quarto, seus raios filtrando-se através das cortinas e aquecendo o ambiente. Jeonghan, ainda adormecido na poltrona ao lado da cama de Chan, sentiu o calor em seu rosto e lentamente abriu os olhos. Ele se espreguiçou, os músculos ainda um pouco tensos da posição em que dormira, e então olhou para o menino na cama. Chan dormia profundamente, o rosto sereno e tranquilo, como se estivesse alheio a qualquer preocupação do mundo.
Jeonghan levantou-se devagar, tentando não fazer barulho. Observou Chan por mais alguns instantes, permitindo-se um pequeno sorriso ao ver o menino tão calmo. Saiu do quarto silenciosamente, fechando a porta atrás de si. Ao chegar à cozinha, encontrou Seungcheol, já acordado e tomando um café. Ele estava de pé, encostado no balcão, com uma expressão séria.
— Bom dia, Jeonghan — disse Seungcheol, sua voz tranquila, mas com um peso evidente.
Jeonghan percebeu imediatamente que havia algo no ar. Ele se aproximou devagar, curioso e levemente apreensivo.
— Bom dia — respondeu ele, observando a expressão de Seungcheol.
Seungcheol colocou a xícara de café sobre o balcão, os olhos focados por um momento na bebida antes de levantar o olhar para Jeonghan.
— Precisamos conversar. — O tom de Seungcheol era direto, sem rodeios.
Jeonghan franziu ligeiramente a testa, sentindo um frio no estômago.
— Sobre o quê? — perguntou, a voz saindo mais baixa do que ele esperava.
Seungcheol respirou fundo antes de falar, claramente ponderando sobre como dar a notícia.
— A Mika vai nos visitar hoje. — Ele fez uma pausa, medindo a reação de Jeonghan. — Quero que você encontre um momento para falar com Chan sobre isso. Sei que pode ser difícil para ele.
Jeonghan sentiu o coração apertar. Falar de Mika, a futura madrasta de Chan, era um assunto delicado. Embora a relação entre Seungcheol e Mika fosse distante, Chan ainda estava tentando entender como se sentir em relação a ela. A presença constante de Jeonghan na vida de Chan, quase como uma figura paterna, fazia a visita de Mika parecer algo confuso e potencialmente doloroso para o menino.
— Vou fazer o possível para prepará-lo — respondeu Jeonghan, mantendo o tom firme. — Talvez possamos começar o dia com algumas atividades que ele gosta, algo que o deixe confortável e relaxado antes de falarmos sobre isso.
Seungcheol assentiu lentamente, sua expressão se suavizando levemente.
— Agradeço, Jeonghan. — A voz dele tinha um tom de gratidão genuína. — É importante que ele saiba que você está ao lado dele... especialmente hoje.
Jeonghan sabia que Seungcheol confiava nele para lidar com Chan da melhor forma possível. Isso significava muito. Ele olhou para Seungcheol por um momento, percebendo o quanto o homem também estava preocupado.
— Não se preocupe — disse Jeonghan, tentando tranquilizá-lo. — Vamos fazer com que o dia dele seja bom, independentemente de tudo.
Seungcheol sorriu de leve, uma expressão que mostrava alívio e confiança.
— Sei que você vai conseguir — respondeu ele, voltando a pegar a xícara de café.
Jeonghan saiu da cozinha com um misto de determinação e preocupação. Subiu as escadas em direção ao quarto de Chan, já planejando mentalmente como abordaria o assunto com o menino. Ao entrar, encontrou Chan ainda adormecido, o rosto calmo e os cobertores envoltos ao redor de seu corpo pequeno.
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A conexão entre nós
FanficJeonghan, um estudante do terceiro ano de Administração, está em busca de um emprego para ajudar a cobrir suas despesas. Com dificuldades financeiras e prestes a desistir, ele encontra por acaso um anúncio de emprego incomum: Seungcheol, um renomado...