Pulseiras brilhantes

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                                                                        CAPÍTULO 16



     Na manhã daquele dia, o sol entrava suavemente pelas janelas do quarto de Chan, iluminando os brinquedos espalhados pelo chão e o desenho animado que tocava baixinho na TV. Jeonghan, como sempre, já estava ali para ajudar o pequeno a se arrumar. Ele entrou no quarto com um sorriso caloroso, batendo levemente na porta.

— Bom dia, Dino! Está pronto para o dia? — perguntou Jeonghan, se aproximando da cama onde Chan ainda estava meio enrolado no cobertor.

     Chan se espreguiçou, abrindo os olhos devagar e piscando para se acostumar com a luz suave que preenchia o quarto.

— Hmmm... ainda tô com sono... — resmungou ele, esfregando os olhos pequenos.

Jeonghan riu suavemente e se sentou na beira da cama.

— Acho que podemos começar devagar então. Que tal me dizer o que você gostaria de fazer hoje? Tem algum plano especial? — sugeriu, já envolvendo Chan na conversa.

     A pergunta pegou o menino de surpresa. Ele ficou quieto por alguns segundos, pensando com cuidado, enquanto Jeonghan esperava pacientemente.

— Hmm... Eu quero brinca de faz de conta! — disse Chan, os olhos agora brilhando com empolgação. — A gente pode fazer isso hoje?

Jeonghan deu um sorriso largo.

— Faz de conta? Isso parece muito divertido. E o que você gostaria de fingir? — perguntou ele, demonstrando interesse genuíno.

Chan se sentou na cama, animado, como se tivesse acabado de pensar em uma grande ideia.

— Eu quero ser um super-herói! E você pode ser o meu amigo imaginário que tem superpoderes também! — exclamou Chan, a animação crescendo enquanto explicava sua ideia.

Jeonghan fingiu estar surpreso, abrindo a boca em um "O" exagerado.

— Uau, isso parece incrível! E que tipo de superpoderes o seu amigo imaginário vai ter? — perguntou ele, incentivando Chan a continuar criando o mundo.

Chan pulou da cama, já começando a imitar movimentos heroicos enquanto falava.

— Meu amigo imaginário pode voar e... e... faze escudos de enegia! Ele é muito fote! E ele sempre me ajuda a salvar o mundo! — explicou Chan, com seus pequenos braços se movendo como se estivesse criando escudos invisíveis ao seu redor.

     Jeonghan se levantou da cama também, se aproximando de Chan, já entrando no personagem.

— Então quer dizer que eu posso fazer escudos de energia? — perguntou ele, fingindo criar uma barreira invisível ao redor deles.

Chan sorriu, completamente imerso na brincadeira.

— Sim! A gente pode poteger todo mundo! — gritou ele, rindo e correndo pelo quarto, enquanto Jeonghan fingia erguer os braços, criando um escudo imaginário em volta dos dois.

     Jeonghan sabia que essa era uma oportunidade de não apenas brincar, mas de se conectar verdadeiramente com Chan. Ele sabia que participar desse mundo de faz de conta fazia Chan se sentir importante, ouvido e especial. Então, ele decidiu dar um passo a mais, deixando que Chan o guiasse por completo.

— E qual é a nossa missão de hoje, pequeno herói? — perguntou Jeonghan, seu tom grave, como se estivesse pronto para enfrentar um grande perigo.

     Chan parou por um momento, pensando profundamente. Então, com os olhos arregalados de animação, ele declarou:

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