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Olan

O fato de que sua noiva já estava negando veementemente que pertencia a ele momentos depois de ser informada sobre a bênção não passou despercebido por Olan. Com o tempo, e talvez alguma persuasão dele, ela aprenderia que era assim que as coisas eram feitas aqui.

Ninguém tinha o direito de discutir com a Mãe de Todos, nem mesmo um alienígena das estrelas.

Toda vez que os olhos de Zuran caíam em Samantha, Olan queria enrolar o rabo em volta da garganta dele e estrangulá-lo até a morte. O vínculo entre eles já foi tão forte, mas agora... não importava mais. Tudo isso estava no passado, e ele se recusava a desenterrar essas memórias agora. Não houve acordo para levar o caçador como um prazer, e Olan não estava muito interessado em fazer nada que permitisse ao outro macho acesso à sua companheira.

Sua atenção voltou-se para a conversa que acontecia na mesa. Samantha estava tendo um desentendimento com Ama, algo que ele não tinha certeza se já tinha testemunhado antes, quando o som de uma rocha estelar colidindo com Seytonna reverberou pela vila.

“O que foi isso?” Ama olhou curiosamente na direção de onde o barulho tinha vindo.

“ Aquela era nossa nave de queda caindo do céu. Estava cheia com minha equipe.” Samantha respirou, olhos ansiosos voltados para onde a rocha estelar havia pousado.

"Por que eles vieram aqui?" Os olhos de Ama se estreitaram para sua noiva, e ele sentiu-se inflar um pouco em sua defesa, seu rabo envolvendo protetoramente sua cintura.

“Eles provavelmente são um time reserva. Eles provavelmente já descobriram que algo estava errado agora…” Suas mãos correram nervosamente por seu cabelo violeta. “Estamos explorando planetas, procurando por um novo lar.”

“Um novo lar?” Ama questionou. “Seu povo está fugindo do conflito?”

“Nosso planeta natal, a Terra, está em um estágio de renascimento. Foi quase destruído durante a última guerra e está completamente inabitável no momento.”

“Seu povo devastou seu mundo e agora você deseja se estabelecer em Seytonna?” A risada de Ama não era nada engraçada.

“Minha nave está em órbita acima do planeta para observar. Não há nada definido. Minha equipe e eu deveríamos vir à superfície para investigar a possibilidade de nos estabelecermos aqui. Só isso.”

Samantha flexionou seu aperto na pequena faca que carregava, e ele gentilmente colocou sua mão sobre a dela, balançando a cabeça suavemente. Olan não queria que as ações de sua nova noiva fossem vistas como uma ameaça à chefe. Isso não lhe renderia favores a longo prazo.

“Há mulheres e crianças a bordo. Elas nunca conheceram nada além da vida naquele navio. Estamos apenas procurando uma chance de viver — uma chance de nos libertar da dívida de nossos ancestrais com o Venium.”

Olan observou Ama enquanto ela estudava Samantha, seu rosto impassível, mas ele sabia que sua mente estava trabalhando. Ele soltou um suspiro reprimido quando a chefe assentiu.

“Vou consultar a Mãe de Todos”, ela disse finalmente.

“Gostaria de ir encontrar meu time e ter certeza de que eles não estão machucados.”

Ama balançou a cabeça. “Eu entendo sua preocupação com seu povo, mas minha responsabilidade com o meu é minha prioridade. Zyar e Niva serão enviados.” Quando Samantha soltou um rosnado frustrado, Ama estreitou os olhos no rosto de sua noiva. “Eu não vou vacilar nisso, pequena. Você compartilhou coisas aqui que me fazem hesitar em confiar em seu povo. Você permanecerá na vila sob nossos cuidados até que tenhamos investigado adequadamente.”

Sopros de DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora