Sopros de Desejo

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Zuran

“Eu já te disse que Marsel está morto. Por que você quer tanto voltar para lá?” Os olhos azuis de Samantha se estreitaram nele enquanto ela cruzava os braços teimosamente sobre o peito.

“Temos negócios inacabados com seus humanos, Fanahala,” Zuran disse a ela gentilmente, colocando alguns fios rebeldes de cabelo atrás da orelha. Por mais que quisesse aproveitar a glória de ter uma companheira, ele sabia que eles precisariam lidar com a questão de Marsel e os outros homens humanos que machucaram Vasa e os que destruíram a vila. Ama exigiu a morte deles.

Seu calor reprodutivo, embora temperado no momento, ainda era um grande problema. Como Olan, ele pensou que a noite com Samantha significaria o fim da fome e irritação constantes, mas eles estavam errados. A sede de sangue ainda o enfurecia, mesmo agora.

“Nem todos os humanos naquela nave pensam como Marsel, Z.”

“Isso pode ser verdade, mas mesmo um em acordo coloca os Seyton em risco. Humanos são perigosos.”

“Eu sou perigosa?” Uma de suas sobrancelhas escuras se arqueou em desafio.

“Samantha…”

“E quanto ao Curtis? Ele é perigoso? Ou Lucy e James?” Quando ele apenas olhou para ela, ela suspirou, esfregando os lados da cabeça. “Nós somos exemplos de humanos que não são perigosos, que ajudaram os Seyton. Há mais como nós naquela nave.”

“Seja como for, ainda estamos voltando para enfrentá-los.”

Seu pequeno companheiro soltou um gemido frustrado, jogando-se no cobertor que Olan trouxera com ele na noite passada. “Quem são 'eles', e onde diabos está Olan e sua maldita diplomacia quando eu preciso dele?”

“Os humanos 'maus', se preferir.” Ele deu de ombros do jeito que tinha visto Samantha fazer muitas vezes. “E Olan está ajudando a reunir o grupo de guerra.”

“O grupo de guerra?” A boca dela se moveu como a de um morador da água por um momento. Ele sabia que não deveria achar isso engraçado, mas ele não era perfeito. “Z, eu acabei de te dizer que tem crianças lá, bebês!”

“Ama ofereceu santuário para qualquer um que esteja disposto a coexistir pacificamente. Os únicos humanos que queremos são aqueles que machucaram Vasa e aqueles que tiraram Vane de sua companheira e filhote. Eles precisarão pagar por seus crimes.”

Ela suspirou em resignação. “Então por que eu preciso ir? Eu poderia ficar aqui. Tenho certeza de que posso ser útil.” Um arrepio percorreu seu corpo. “Eu sei que disse que queria voltar outro dia, mas não tenho tanta certeza agora. Se eu nunca mais tiver que ver aquele lugar, será muito cedo.”

Ele entendeu os motivos dela querer ficar para trás, e também não queria arriscar a segurança dela, mas eles precisariam dela na linha de frente. "Nós nunca pediríamos para você voltar se não fosse importante, Fanahala." Ele se agachou na frente dela, sua mão envolvendo seus pequenos enquanto ele os arrancava de seu colo. "Se seu povo decidir vir pacificamente, ter você lá, um rosto familiar entre os Seyton, irá confortá-los." Ele levantou o queixo dela. "Além disso, como eu vou saber que equipamento você quer do seu laboratório ou onde encontrar o quarto em que você morava?"

“Você vai usar meu equipamento contra mim? Tão baixo.”

Os ombros dela caíram quando ele se inclinou para pressionar a testa contra a dela. Ela estava sofrendo. Ele desejou poder tirar isso dela. "Eu sei que é difícil, mas se fizermos isso agora, poderemos impedir muitas mortes desnecessárias." Um ronronar retumbou em seu peito, um som que ele nunca tinha feito antes, mas com a forma como Samantha estremeceu, ele iria fazê-lo com a maior frequência possível. "Quanto mais cedo essa bagunça for resolvida, mais cedo Olan e eu poderemos trazer você de volta aqui e provar essa boceta bonita de novo."