Vingança

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O grande Signia by Hilton Atlanta, o mais novo hotel de destaque na cidade, estava cercado por policiais e ambulâncias. Eram quase meia-noite, e as luzes de emergência refletiam nas janelas envidraçadas do imponente prédio de 40 andares. Localizado perto do Mercedes-Benz Stadium e do State Farm Arena, o hotel se tornara o centro de uma cobertura midiática após um incidente ainda não totalmente esclarecido.

Diversos repórteres cercavam a entrada principal, tentando captar qualquer informação que viesse da movimentação intensa de equipes de segurança e socorro. A mídia local especulava sobre a natureza do ocorrido, enquanto os hóspedes que ainda estavam no lobby olhavam confusos para a crescente aglomeração do lado de fora. A proximidade do hotel com grandes eventos e espaços de entretenimento tornava a situação ainda mais caótica, com curiosos tentando entender o que acontecia na noite quente de Atlanta​

No andar onde estava a equipe de Lauren, a tensão era palpável. Seguranças fortemente armados patrulhavam os corredores, enquanto snipers tomavam posição nos telhados dos prédios próximos ao hotel. A segurança estava em alerta máximo. Um extremista da oposição havia conseguido entrar no quarto de Lauren e fazia Camila refém, segurando-a contra sua vontade.

A área ao redor do quarto estava isolada, e a equipe de negociação da polícia tentava estabelecer contato com o sequestrador, enquanto as forças especiais se preparavam para intervir. Camila, visivelmente abalada, sabia que seu envolvimento com informações confidenciais da campanha havia a colocado naquela situação perigosa.

Camila estava em prantos, lágrimas escorrendo por seu rosto enquanto o extremista a mantinha em uma chave de braço brutal, a pistola firmemente apontada para sua cabeça. O homem, claramente nervoso, tremia e respirava de forma irregular, demonstrando sinais de desespero e instabilidade. Ele murmurava incoerências sobre a traição política e as injustiças que acreditava ter sido submetido, sua raiva crescente evidente em cada palavra.

Camila, tentando conter o pânico, implorava entre soluços:

— Por favor, me deixe ir... Eu não tenho nada a ver com isso...

Ela se mexia levemente, mas o homem apertava mais o braço, forçando-a a ficar completamente imóvel. A pressão no quarto estava insuportável, e o medo de um desfecho trágico pairava no ar.

O extremista gritava com fúria crescente, o rosto contorcido de ódio, afirmando que Camila havia traído o "lado do bem" e que seu castigo seria a morte. Sua voz ecoava pelo quarto enquanto ele mantinha a pistola pressionada contra a cabeça dela, sem mostrar sinais de hesitação. Ele olhava para fora da janela, buscando os snipers nos telhados próximos e os policiais que cercavam o prédio, sentindo-se encurralado.

— Você abandonou tudo o que era certo, Camila! E agora vai pagar o preço com a vida!

Camila, assustada e sem poder se mover, apenas chorava silenciosamente, seu corpo paralisado pelo medo enquanto tentava, inutilmente, apelar à razão dele. Cada movimento do homem deixava a situação ainda mais imprevisível e perigosa, aumentando a tensão no quarto.

Enquanto a noite avançava, Lauren e Dinah chegavam ao hotel em Atlanta sem chamar atenção. O motorista, seguindo instruções, entrou pelo estacionamento subterrâneo, evitando os olhares da mídia e o tumulto que se formava na entrada principal. As luzes internas do carro mal iluminavam o rosto de Lauren, que, ainda sem saber de toda a extensão da situação, notava a tensão nos olhos de Dinah.

Ao saírem do veículo, Samantha já as esperava na entrada do elevador do estacionamento, com uma expressão grave. Assim que as portas do elevador se fecharam, ela começou a explicar o que havia acontecido:

— Lauren, temos um problema sério. Camila está sendo mantida refém no seu quarto... Um extremista da oposição conseguiu invadir. A polícia e as forças especiais estão cercando o andar, mas ele está armado e a situação está muito tensa.

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