resultado

192 29 1
                                    

As eleições presidenciais dos Estados Unidos seguem um sistema eleitoral indireto, o que significa que os eleitores não votam diretamente para o presidente, mas sim para "eleitores" que fazem parte do Colégio Eleitoral. Esse sistema é complexo e tem grande impacto nas estratégias de campanha dos candidatos, como no meu caso

A eleição ocorre em novembro, quando os cidadãos de cada estado votam em cédulas de papel ou por outros meios (como eletrônicos, em alguns lugares). Cada estado tem um número específico de eleitores no Colégio Eleitoral, baseado na soma de seus representantes na Câmara dos Representantes (proporcional à população) e no Senado (sempre dois senadores por estado). Isso significa que estados mais populosos têm mais votos eleitorais.

O Colégio Eleitoral é composto por 538 eleitores. Para vencer a eleição, um candidato precisa conquistar a maioria desses votos — pelo menos 270. O número de votos eleitorais por estado varia, sendo a Califórnia, por exemplo, o estado mais populoso com 55 votos, e estados pequenos como Vermont ou Wyoming têm apenas 3.

Quando os eleitores votam em um candidato, na verdade, estão votando em um grupo de eleitores comprometidos com aquele candidato. Na maioria dos estados, o sistema é "o vencedor leva tudo", ou seja, quem vencer a maioria dos votos populares no estado, conquista todos os votos eleitorais daquele estado.

Nem todos os estados são competitivos. Alguns são consistentemente "azuis" (democratas) ou "vermelhos" (republicanos). Os estados competitivos, chamados de "swing states" ou "battleground states", como Flórida, Pensilvânia e Michigan, são onde os candidatos focam suas campanhas, pois podem oscilar entre um partido ou outro.

Além disso, existem estados "neutros", onde o apoio é incerto até o final da campanha. Esses são essenciais para qualquer candidato e têm grande influência no resultado final.

Estou  numa posição bastante positiva. A minha campanha está à frente, o que indica que eu já conquistei a maioria dos estados que tradicionalmente votam em seu partido ou que eram disputados. A notícia de que conseguiu o apoio de dois últimos colegiados neutros significa que eu aumentei ainda mais a minha vantagem no Colégio Eleitoral. Esses estados neutros eram imprevisíveis e agora, com o apoio deles, minhas chances de alcançar os 270 votos eleitorais são muito altas.

Apesar da vitória ser determinada pelo Colégio Eleitoral, a contagem das cédulas de papel pode demorar dias ou semanas. Isso significa que mesmo após o dia da eleição, os resultados podem demorar a ser divulgados em sua totalidade. É um processo meticuloso, especialmente em estados que utilizam cédulas físicas ou têm grandes populações.

Eu e a minha equipe estamos nos focando em garantir que tudo corra de maneira tranquila até a certificação dos resultados. Eu já estou em uma posição de liderança e, com o apoio dos estados neutros, minhas chances de vitória são altas.

A porta do quarto se abriu com um estrondo, e Dinah entrou sem cerimônia, cobrindo os olhos com as mãos, numa pose exageradamente dramática.

— Pelo amor de Deus, quem estiver pelado, se vista! — ela gritou, como se estivesse em uma cena de teatro.

Eu soltei um riso nervoso, mas Camila foi mais rápida e se afastou de mim, ainda rindo das palavras de Dinah. Sem pensar muito, peguei um travesseiro e o joguei na direção dela.

— Que falta de privacidade! — brinquei, tentando disfarçar o leve constrangimento.

Dinah desviou com uma facilidade irritante, sem tirar as mãos dos olhos.

— Olha, vocês me agradecem depois, mas preciso dizer: as votações tiveram uma grande reviravolta! — ela disse, com uma urgência que apagou qualquer traço de diversão no ar.

Aos olhos da naçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora