Era uma tarde de domingo tranquila, e Geto decidiu tirar uma soneca rápida para recuperar as energias. A casa estava em silêncio, e ele dormiu profundamente. No entanto, o que deveria ter sido apenas uma breve pausa se transformou em um longo sono. Quando ele abriu os olhos, assustado, o relógio marcava onze horas da noite. Ele piscou, confuso, e olhou ao redor - Como assim onze horas? - Murmurou para si mesmo. Algo estava errado.
Ainda mais estranho era o fato de que Gojo, seu marido, não estava deitado ao seu lado. Ele sempre vem dormir antes de mim, pensou Geto, franzindo o cenho. Para aumentar o mistério, uma luz fraca escapava pela porta entreaberta do quarto, e ele percebeu que vinha do corredor. Intrigado, Geto se levantou da cama, ainda bocejando, e caminhou com passos leves em direção à sala.
Assim que chegou à entrada da sala, ele parou, congelado pela visão inesperada diante dele. No chão, espalhados sobre o tapete, estavam Gojo, Megumi e Tsumiki. Megumi estava de joelhos, Tsumiki deitada de lado e Gojo agachado, todos em um círculo improvisado ao redor de cadernos, livros e lápis.
O choque inicial logo deu lugar a uma risada espontânea - O que está acontecendo aqui? - Geto perguntou com uma mistura de diversão e incredulidade.
Os três levaram um susto com a aparição repentina de Geto. Gojo deu um pequeno salto e Megumi virou-se rapidamente, enquanto Tsumiki piscava os olhos, como se tivesse saído de um transe.
- Ah, Suguru! - Exclamou Gojo, tentando disfarçar o susto - Não esperava te ver acordado agora.
Geto ainda ria, observando o cenário curioso - E por que vocês ainda estão acordados? Amanhã Tsumiki e Megumi têm aula pela manhã.
Gojo soltou um suspiro exagerado, jogando-se de costas no tapete - Estamos nisso desde as cinco da tarde! Tentando... Fazer lição de casa. Mas, sinceramente, isso está difícil demais!
Tsumiki, que agora estava rindo levemente, acrescentou - Eu já terminei minha parte, mas estou ajudando o papai a ajudar o Megumi.
Geto olhou para Megumi e viu que o menino estava com uma carranca típica de quem estava perdendo a paciência. O mais óbvio, no entanto, era que Megumi estava claramente exausto. Seus olhos estavam pesados e ele se movia devagar, visivelmente sonolento.
Com um olhar de preocupação misturado com ternura, Geto se aproximou se sentado ao lado do filho e perguntou gentilmente - Por que não pediram minha ajuda?
Sem dizer uma palavra, Megumi se deixou cair para o lado, encostando a cabeça no colo do pai. Geto, com um sorriso nos lábios, começou a fazer carinho nos cabelos do filho, que não demorou a fechar os olhos.
Tsumiki observava a cena com um sorriso de canto - Você estava tão cansado, pai.... Achamos que merecia descansar um pouco.
Gojo, ainda deitado, balançou a cabeça, derrotado - Eu realmente pensei que conseguiria ajudar.. Mas, honestamente, essas professoras são loucas! Que tipo de dever de casa é esse para crianças?
Geto e Tsumiki riram da indignação de Gojo, enquanto Megumi já estava completamente adormecido, embalado pelos carinhos de Geto. O silêncio reinou por um momento, até que Suguru olhou para os cadernos espalhados e suspirou.
- Deixa eu ver o que vocês estavam tentando fazer - Disse ele, estendendo a mão para Gojo.
Gojo se levantou, ainda reclamando baixinho, e entregou um dos cadernos a Geto - Boa sorte.. São contas.. Muito complicadas.
Geto pegou o caderno e analisou as contas com atenção, enquanto Gojo se ajeitava encostado no sofá, e Tsumiki se sentava ao lado dele, visivelmente cansada, mas ainda tentando ajudar. Geto rapidamente percebeu o porquê da frustração de todos. As contas eram realmente desafiadoras para crianças da idade de Megumi.
- Acho que agora entendo o que vocês estavam enfrentando - Disse Geto com uma leve risada.
E assim, os três, Geto, Gojo e Tsumiki ficaram até uma e meia da manhã tentando resolver os problemas que haviam dado tanto trabalho. Cada um contribuía da sua maneira.
No final, quando terminaram, Geto olhou ao redor e percebeu que tanto Gojo quanto Tsumiki haviam sucumbido ao sono. Gojo estava encostado no sofá, com a cabeça caída para o lado, enquanto Tsumiki dormia serenamente no chão, cercada pelos livros e cadernos.
Geto sorriu, observando sua família adormecida. Com cuidado, ele se ajeitou no tapete ao lado de Megumi, que ainda dormia com a cabeça em seu colo, e logo sentiu seus próprios olhos ficarem pesados. Com um último olhar afetuoso para todos, ele cedeu ao sono, feliz e em paz, sabendo que estavam todos juntos ali.
E assim, a casa mergulhou no silêncio da noite, com todos dormindo no aconchego do momento.