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Muitos capítulos são especiais pra mim por motivos diferentes, mas esse foi diferente. Não sei explicar, mas senti um frio na barriga do começo ao fim e ele foi muito especial pra mim escrever. Que seja tanto pra vocês como foi pra mim, com amor 🫶🏼

META DO CAPÍTULO: +150 COMENTÁRIOS E EU TRAGO MAIS 💬🫶🏼

"Não existe nada mais sufocante quando o nó na garganta costuma aparecer, você sabe que se começar a chorar você não conseguirá parar, ainda mais quando se há acúmulos dentro do peito, quando eles te massacram sem dó, quando aperta, quando dói lit...

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"Não existe nada mais sufocante quando o nó na garganta costuma aparecer, você sabe que se começar a chorar você não conseguirá parar, ainda mais quando se há acúmulos dentro do peito, quando eles te massacram sem dó, quando aperta, quando dói literalmente. A gente deixa acumular muita coisa, muita dor, muito arrependimento, cansaço,  a gente acumula coisas que não deveriam mais estar ali presas dentro de nós, sentimentos que deveríamos deixar partir, esvaziar, para nos sentimos em paz, para conseguirmos respirar, as vezes chorar alivia, mesmo que esse choro custe uma noite inteira, mesmo que depois do choro o cansaço venha, mas com a esperança esperamos que a paz e o sossego venha também"

JULIA MAZZEO

Me arrastei até o frigobar do quarto achando um restante de água que tinha e com a pouca força que eu tava sentindo consegui beber um pouco sentando ali no chão. Eu tava tentando concentrar meus pensamentos pra conseguir parar de tremer daquele jeito com um frio que eu não sabia explicar de onde tinha aparecido mas era uma luta quase em vão.

Eu estava completamente apavorada de estar ali sozinha. Com medo daquilo ser muito mais que um mal estar, sem saber exatamente o que estava acontecendo e como estava o meu bebê.
Eu já tinha chorado tanto, e mesmo muito cansada eu ainda sentia algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto enquanto eu tentava achar um jeito pra conseguir levantar dali sentindo todo meu corpo doer.

Nem nos meus piores pesadelos eu imaginei que aquilo pudesse acontecer horas depois da Giovanna e do Gustavo terem ido viajar.
E era horrível a sensação de estar sozinha ali..

Eu fiquei ali quietinha, por um bom tempo apenas pedindo a Deus para aquilo passar.
Dizendo o quanto eu estava assustada e o quanto eu precisava ser forte entre lágrimas e sussurros.

Consegui prender o cabelo num coque frouxo tirando ele do meu rosto e senti meu corpo tremer ainda mais de frio me fazendo se encolher ainda mais.

Tudo ali estava em completo silêncio.
Eu consegui ouvir de longe o barulho do vento batendo nas árvores e das ondas quebrando no mar. Naquele hora, aquele barulho de alguma forma me acalmou e eu fechei os olhos sentindo como se eles tivessem dentro de mim

O silêncio foi quebrado quando ouvi de longe o barulho do celular vibrando, e foi como se todo meu corpo tivesse vibrado na mesma frequência que ele me fazendo levantar a cabeça olhando pro mesmo que estava atrás de mim, em cima da cama.

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