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"E o que faz? Quando a dor do coração chega a ser física e te paralisa? Quando o rumo da vida inteira é questionado e o desespero insiste em te dar nós na garganta? O que faz?"

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"E o que faz? Quando a dor do coração chega a ser física e te paralisa? Quando o rumo da vida inteira é questionado e o desespero insiste em te dar nós na garganta? O que faz?"

JULIA MAZZEO

O ar faltou, o calor que já vinha subindo ficou mais intenso e meu corpo deu um sinal de alerta tão desesperado, mas eu sabia que não podia passar dali.

Não era como se fosse apenas um beijo. Mas eu sentia como se ele quisesse me devorar inteira enquanto aquela língua gostosa explorava cada canto da minha boca..

Ele segurou forte meu cabelo puxando ele devagar me fazendo soltar um gemido abafado.
Chupou minha boca e deu alguns beijos ali enquanto se afastava e eu passei a mão na boca sentindo seus olhos nos meus.

Ela estava tão quente..
Vi ele respirar acelerado e parecer meio desnorteado levantando dali e andando pelo quarto parecendo tão perdido como eu.

A gente nem conseguia negar. O quanto aquele desejo, aquela explosão , o quanto aquilo nos deixava completamente sem rumo.

Me sentei na cama me ajeitando ali e senti uma cólica um pouco forte vir de novo bem no pé da barriga me fazendo morder os lábios e colocar a mão ali sentindo o olhar dele sobre mim, e eu puxei um pouco a coberta colocando ela no colo.

Ele se achegou devagar, e sentou na minha frente colocando uma mecha de cabelo minha pra trás.
Ouvi o barulho da sua respiração tão perto era algo que me tirava o juízo.

Como eu queria que tudo tivesse sido diferente.
Como eu queria que a gente não tivesse tido aquele fim.

Eu não fazia ideia de quando a gente ficaria tão próximo daquela forma de novo.
Provavelmente não voltaria a existir um momento como aquele.
Nós estávamos extremamente vulneráveis, mexidos, preocupados um com o outro e com uma saudade que não dava nem pra descrever.
Acho que foi uma junção de tudo que nós fez ficar ali naquele momento, e eu me dei uma trégua, um respiro pra viver aqueles minutos porque eu sabia que não voltariam a se repetir..

Julia: Não fala nada..- eu pedi colocando a mão na boca dele.- só fica aqui um pouco.- eu pedi e ele assentou em silêncio se ajeitando do meu lado e deitando ali, enquanto olhávamos um pro outro sem dizer nada.

Meus dedos deslizaram pelo seu rosto queimado pelo sol e com aquelas manchinhas que eu tanto amava, e ele sorriu de canto negando por um momento enquanto umedecia os lábios.

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