Doarda | Amigas.

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Você e Doarda são amigas, mas você se vê apaixonada por ela.

S/n nunca imaginou que se veria em uma situação como aquela

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S/n nunca imaginou que se veria em uma situação como aquela. Ela, que sempre manteve uma distância segura entre o trabalho e os sentimentos, agora se via presa em um turbilhão de emoções que não conseguia mais controlar. Tudo começou de maneira inocente, com uma amizade que cresceu naturalmente com Doarda, a influenciadora carismática que todos adoravam. As duas se conheceram através de eventos e colaborações nas redes sociais, mas o que começou como uma simples parceria de trabalho evoluiu para uma amizade profunda e, com o tempo, para algo mais complicado.

Doarda era tudo o que S/n admirava em alguém: extrovertida, criativa, genuína. A cada risada compartilhada, a cada conversa, S/n sentia que havia algo mais ali, uma conexão especial. Mas, como poderia confessar isso sem arruinar a amizade?

As duas influenciadoras se viam com frequência. Entre gravações de vídeos e campanhas publicitárias, elas passaram a passar mais tempo juntas, saindo para cafés e festas exclusivas, sempre cercadas por seguidores e câmeras, mas também sempre buscando momentos de intimidade, longe de tudo.

Uma noite, enquanto estavam sentadas em um restaurante chique após um evento, Doarda riu de algo que S/n disse. A risada dela era alta, contagiante, e S/n se pegou sorrindo de volta, mas não apenas pela piada. Algo dentro dela aqueceu ao ver Doarda se divertir tanto, e foi ali que S/n começou a se dar conta dos próprios sentimentos. Não era só amizade. Havia algo mais, algo que ela tentava ignorar.

- Você está bem? - Doarda perguntou, interrompendo os pensamentos de S/n, que ficou momentaneamente em silêncio.

- Sim, só estava pensando - S/n respondeu, tentando disfarçar. - O dia foi corrido, mas tá sendo ótimo.

Doarda sorriu, jogando os cabelos para trás de forma despreocupada.

- A gente sempre se diverte, né? Você é uma das poucas pessoas que realmente me entende nesse meio.

Essa frase fez o coração de S/n dar um salto. Aquelas palavras, ditas de forma tão natural, trouxeram uma nova onda de emoções à tona. O que significava ser uma das poucas que realmente entendia Doarda? Será que ela também sentia algo mais, ou era apenas amizade?

Nas semanas que se seguiram, S/n tentou de todas as maneiras ignorar o que estava sentindo. Passou a ocupar a cabeça com trabalho, focando em projetos para distrair-se. Contudo, sempre que via Doarda, sempre que recebia uma mensagem dela ou quando se encontravam para gravar, o coração de S/n batia mais forte.

Uma tarde, enquanto editavam um vídeo juntas, Doarda, sem perceber, colocou a mão sobre a de S/n por alguns segundos. O toque, mesmo breve, pareceu eletrificar o ar ao redor delas. S/n congelou, sentindo o calor subir por seu corpo. Seus olhos se encontraram, mas Doarda rapidamente tirou a mão, sem perceber a intensidade daquele momento para S/n.

- Desculpa, foi sem querer - Doarda riu, sem imaginar a confusão que causava em S/n.

Era isso. O que antes parecia apenas uma dúvida, agora se tornava uma certeza sufocante. S/n estava apaixonada por Doarda, e o peso dessa revelação a deixava sem saber o que fazer. Será que valeria a pena arriscar a amizade por algo que ela nem sabia se era recíproco?

Algumas semanas depois, Doarda convidou S/n para uma festa na casa de um amigo em comum. A festa era grande, cheia de influenciadores, celebridades e pessoas do meio. S/n hesitou em ir, sabendo que ver Doarda apenas intensificaria seus sentimentos. No entanto, decidiu que precisava tentar agir normalmente.

Quando chegou, o lugar já estava cheio. Doarda a recebeu com um abraço caloroso, sorrindo de maneira despreocupada. Ela estava deslumbrante naquela noite, vestindo algo simples, mas que destacava ainda mais sua beleza natural. S/n sentiu um nó no estômago, mas tentou disfarçar, participando das conversas e interagindo com outros convidados.

Conforme a noite avançava, S/n e Doarda se afastaram do centro da festa e foram para uma varanda, onde o barulho era menor e o clima mais tranquilo. Elas se sentaram lado a lado, olhando para o horizonte da cidade iluminada.

- Você parece distante ultimamente - Doarda comentou, virando-se para olhar diretamente para S/n. - Aconteceu alguma coisa?

S/n engoliu em seco. Ali estava a oportunidade de falar, de ser honesta com Doarda, mas ao mesmo tempo, o medo de perder a amizade a paralisava. O silêncio entre elas pesava, e S/n sabia que precisava dizer algo.

- Na verdade, sim... - começou S/n, sem saber muito bem como continuar. - Eu ando pensando muito sobre nós duas. Sobre... o que sinto.

Doarda franziu o cenho, curiosa, mas ainda sem entender o que S/n queria dizer.

- Você sente algo diferente? - Doarda perguntou, a voz suave, mas carregada de curiosidade.

- Eu acho que sim... - S/n finalmente admitiu, a voz quase um sussurro. - Não sei quando isso começou, mas... sinto algo por você que vai além da amizade. E isso me assusta porque... eu não sei como você se sente. Não sei se é recíproco ou se eu só estou imaginando coisas.

O silêncio que se seguiu foi denso. Doarda parecia processar as palavras, e S/n sentia o coração na garganta, aguardando uma resposta, qualquer que fosse.

Depois de um momento que pareceu uma eternidade, Doarda respirou fundo e sorriu, de uma maneira que S/n não esperava.

- Sabe o que é engraçado? - Doarda começou, seus olhos brilhando com uma mistura de surpresa e alívio. - Eu também sinto algo por você. Mas sempre achei que você me via só como amiga, então nunca pensei que isso fosse possível.

S/n sentiu uma onda de alívio e felicidade inundar seu corpo. Não acreditava no que estava ouvindo.

- Você... também? - perguntou, quase incrédula.

- Sim - Doarda confirmou, dando um sorriso tímido. - Acho que sempre tivemos uma conexão especial, mas eu nunca soube se você sentia o mesmo.

O ar ao redor delas parecia ter mudado. O que antes era uma amizade segura agora se transformava em algo mais profundo, mais intenso. S/n não conseguia acreditar que estava ali, ouvindo Doarda confessar os mesmos sentimentos que ela tentava esconder por tanto tempo.

- Então, o que fazemos agora? - S/n perguntou, a voz suave, mas cheia de esperança.

- Acho que podemos descobrir isso juntas - Doarda respondeu, sorrindo, antes de se aproximar e, delicadamente, tocar os lábios de S/n com os seus.

O beijo foi suave, mas carregado de sentimentos. Não era apressado, era como se ambas quisessem aproveitar o momento que haviam esperado tanto tempo para acontecer.

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