Isadora Artiñán - Elite | Vício.

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Onde você descobre o vício de Isadora e a confronta

As luzes da boate piscavam ritmicamente, iluminando os corpos que dançavam ao som da música alta

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As luzes da boate piscavam ritmicamente, iluminando os corpos que dançavam ao som da música alta. Isadora estava no centro da pista, como sempre, atraindo olhares. O corpo dela se movia com uma energia vibrante, o cabelo loiro balançando ao som da batida eletrônica. S/N a observava de longe, uma taça de champanhe na mão, admirando a beleza crua e despreocupada de Isadora. Desde o início, havia algo na ousadia de Isa que atraía S/N como um ímã. Elas se conheceram em uma dessas noites de festa, e desde então estavam envolvidas em uma relação que era tão intoxicante quanto os ambientes que frequentavam.

No entanto, S/N sabia que havia algo mais por trás da fachada radiante de Isadora. As risadas, a dança, o charme - tudo isso escondia um lado mais sombrio. E ultimamente, S/N começara a notar os sinais de que Isadora estava se afundando cada vez mais em um vício perigoso.

Naquela noite, enquanto Isadora se afastava da pista de dança e desaparecia para o banheiro, S/N decidiu segui-la. Algo dentro dela a impulsionava, uma preocupação crescente que não conseguia mais ignorar. Ao abrir a porta do banheiro, encontrou Isadora inclinada sobre a pia, as mãos tremendo levemente enquanto cheirava uma linha de pó que havia colocado sobre o mármore.

— Isa... — A voz de S/N quebrou o silêncio abruptamente, e Isadora congelou, os olhos arregalados, enquanto olhava para o reflexo de S/N no espelho.

Por um momento, o som abafado da música da boate parecia distante. O ar entre elas ficou pesado, carregado de tensão e culpa. Isadora endireitou o corpo rapidamente, limpando o nariz com a mão e tentando disfarçar o que acabara de fazer.

— Não é o que você pensa — Isadora começou, mas a voz saiu trêmula, traindo a confiança habitual dela.

S/N cruzou os braços, a dor evidente nos olhos. Ela já tinha desconfiado, mas vê-la ali, tão vulnerável, a machucava mais do que esperava.

— Então me diz, Isa... o que eu deveria pensar? Porque não é a primeira vez que te vejo assim — S/N respondeu, a voz baixa, mas firme.

Isadora deu um passo para trás, tentando evitar o olhar de S/N. Ela odiava ser confrontada, odiava que sua vulnerabilidade fosse exposta daquele jeito.

— É só uma vez ou outra... Nada demais. Você sabe como são as festas. — Ela deu de ombros, mas havia uma inquietação na voz que ela não conseguia esconder.

— Não, Isa. Isso não é normal. Não é só uma vez ou outra. Eu te amo, e estou vendo você se destruir, cada dia mais — S/N rebateu, a voz ficando mais emocional. — Eu estou tentando te ajudar, mas você não me deixa.

Isadora se virou, os olhos agora carregados de raiva, um reflexo da vergonha que estava sentindo.

— Ajudar? Eu não preciso da sua ajuda, S/N. Eu tô bem. — A voz dela soava defensiva, quase desesperada para afastar a verdade que ela mesma não queria admitir. — Isso é só parte do que eu sou. Parte do meu mundo.

S/N sentiu o peito apertar. Ela sabia que Isadora estava tentando esconder o medo atrás de uma fachada de arrogância, mas não poderia continuar assistindo àquilo. A linha havia sido cruzada.

— Se é parte do seu mundo, então eu não faço parte dele — S/N disse, com a voz firme, mas trêmula. As palavras saíam com dificuldade, mas ela sabia que precisava dizê-las.

Isadora olhou para ela, os olhos cheios de incredulidade.

— O que você tá dizendo? Você vai me deixar? Por causa de umas festas e algumas doses de pó? — A voz de Isadora ficou mais aguda, como se não acreditasse que S/N pudesse realmente ir embora.

— Eu te amo, Isa. Amo de verdade. Mas não posso te ver se destruindo assim — S/N respirou fundo, tentando manter a compostura. — Eu tentei ajudar, tentei ficar do seu lado, mas se você continuar desse jeito, eu não vou conseguir. Não vou ficar para assistir você se afundar mais e mais.

Isadora piscou, o olhar vacilante por um momento, como se estivesse finalmente compreendendo a gravidade da situação. A dor no rosto de S/N era óbvia, e ela sabia que estava prestes a perder a única pessoa que realmente se importava com ela de verdade.

— Eu não posso parar... — Isadora sussurrou, quase como uma confissão. — Eu tentei, mas eu não consigo.

S/N se aproximou dela, segurando as mãos de Isadora entre as suas, o toque suave, mas cheio de intensidade.

— Então me deixa te ajudar. Me deixa tentar mais uma vez, Isa — S/N sussurrou, os olhos fixos nos de Isadora. — Porque se você não fizer isso por mim, por nós, eu vou embora. E eu não vou voltar.

Isadora fechou os olhos, as lágrimas ameaçando cair. Ela sabia que S/N estava falando sério. Sabia que, se continuasse nesse caminho, perderia a única coisa boa que ainda tinha.

Depois de um longo silêncio, Isadora abriu os olhos, a expressão derrotada.

— Eu... eu não quero te perder, S/N. — A voz dela tremia, e ela segurou as mãos de S/N com mais força. — Eu vou tentar. Eu juro.

S/N sorriu tristemente, passando o polegar suavemente pelo rosto de Isadora.

— Isso é tudo que eu te peço, Isa. Eu só quero que você tente.

E naquele momento, elas se abraçaram, um abraço longo e apertado, como se ambas soubessem que aquela era a última chance para o relacionamento delas sobreviver. Isadora precisava lutar contra seus próprios demônios, e S/N estaria lá, ao lado dela—mas apenas se houvesse um real esforço para mudar.

Quando se separaram, S/N a beijou com delicadeza, um beijo carregado de promessas silenciosas e esperança. 

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