Capítulo 22 - Compras

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Capítulo 22 - Compras.

Giovanna Torres

Desmeetei-me devagar, estava um pouco perdida e ainda sonolenta. Uma dor surda latejava em minha costas.

Filha da puta

Pensei ao lembrar de Maya me arranhando enquanto transavamos no banheiro. Falando em Maya, me virei para admirar-la e, notei que ela não estava ali, o lado da cama estava vazio, apenas lençóis amassados marcavam onde ela deveria estar. Franzi o cenho, ainda sentindo as costas doloridas dos arranhões de Maya. Não era comum ela sair assim, sem falar nada. O sol da manhã começava a entrar pelas frestas da janela, iluminando parte do quarto, mas a ausência dela deixava tudo com um peso estranho.

Me enrolei no lenço e sentei-me na cama, esfregando os olhos para afastar o resto de sono. Olhei ao redor, como se esperando encontrá-la encostada na porta ou em algum canto escuro, rindo da minha surpresa. Mas nada. O silêncio era desconfortável.

Quando pensei em levantar para procurá-la, ouvi o suave clique da maçaneta girando, e a porta do nosso quarto de hotel se abriu lentamente.

- Maya? É você? - perguntei, um pouco preocupada, sentindo o estômago revirar com a possibilidade de algo estar errado.

Mas ali estava ela, empurrando um carrinho de café da manhã, com aquele sorriso charmoso que sempre me desarmava. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados, e ela usava um moletom azul com uma calça jeans preta. A bandeja de prata estava cheia de frutas frescas, pães e café fumegante.

- Bom dia, dorminhoca - ela disse, com uma voz calma e cheia de satisfação, enquanto empurrava o carrinho até a beira da cama. - Achei que depois da noite de ontem, você merecia ser mimada.

Ela me lançou um olhar que misturava diversão e carinho, como se estivesse plenamente consciente da minha dor.

Maya deixou o carrinho ao lado da cama e se aproximou. Ela se ajoelhou na beira da cama, pegando minha mão suavemente.

- Eu não queria te acordar. Só achei que um café da manhã bem caprichado iria nos fazer bem depois da... nossa noite intensa.

Ela beijou minha mão com delicadeza, o toque de seus lábios me fazendo fechar os olhos por um breve momento. Senti o calor de seu corpo se aproximar mais enquanto ela subia na cama, deitando-se ao meu lado com todo o cuidado, como se quisesse garantir que nada interrompesse aquele momento tranquilo entre nós.

- Como você está? - perguntou, agora com a voz cheia de carinho. Seus dedos passaram gentilmente pelos meus cabelos, afastando uma mecha que caía sobre meu rosto.

- Eu tô bem, as costas ardendo um pouco, mas bem. - falo em um tom brincalhão e ela ri. - Eu tô amando conhecer esse seu lado carinhoso, que se preocupa comigo, tô vendo até uma Maya romântica aí.

- Acho que a gente faz isso quando ama alguém e, eu posso ser uma mulherzinha romântica as vezes. - ela fica de joelhos na cama e vem se aproximando de mim.

- Pode, é? - umideço os lábios e seguro em sua cintura trazendo-a para mais perto de mim.

Ela se aproxima ainda mais, ficando com um joelho se cada lado, seu olhar fixo no meu enquanto um sorriso suave brinca nos seus lábios.

- Posso - sussurra, agora a centímetros do meu rosto. - E vou provar.

Sem hesitar, ela me puxa para um beijo lento e profundo, cheio de carinho, mas também de uma intensidade que só Maya sabe transmitir. Suas mãos deslizam pelas minhas costas, enquanto eu aperto sua cintura com um pouco mais de força, querendo mantê-la ali, próxima de mim.

Amor Profano - MagiOnde histórias criam vida. Descubra agora