Amor Profano - Magi

Capítulo 26 - Quedas

Capítulo 26 - Quedas

Giovanna Torres

Nos dias que se seguiram, Maya e eu exploramos cada canto de Nova Iorque, vivenciando tudo o que a cidade tinha a oferecer. Desde os vibrantes mercados de rua até os icônicos pontos turísticos, cada dia era uma nova aventura. Mas, ao acordarmos em uma manhã especialmente fria, algo mágico estava prestes a acontecer.

Despertamos com a luz suave do sol filtrando-se pelas cortinas. A atmosfera no quarto era aconchegante, e o cheiro do café fresco que Maya havia pedido na noite anterior pairava no ar. Ela se espreguiçou, ainda com os olhos meio fechados, quando, ao olhar pela janela, sua expressão se iluminou.

- Maya, vem ver isso! - chamei, minha própria curiosidade crescendo.

Ela se levantou rapidamente, correndo até a janela, e o brilho em seu rosto ao avistar o que acontecia lá fora era indescritível. Uma fina camada de neve cobria as ruas e os edifícios, e flocos brancos flutuavam suavemente pelo ar.

- Está nevando! - ela exclamou, os olhos arregalados de alegria. - Olha como tudo ficou lindo!

A cena era de um conto de fadas: as luzes da cidade refletiam-se na neve, e as árvores do Central Park pareciam saídas de um cartão postal. O branco puro da neve contrastava com os tons vibrantes da cidade, criando um cenário deslumbrante.

- Isso é perfeito! - continuei, deslizando ao lado dela para admirar a vista. - Vamos nos vestir e sair para aproveitar isso!

Maya acenou, ainda absorta pela beleza da neve. Rápido, nos vestimos com camadas quentes, pegando gorros e luvas, enquanto a animação crescia entre nós. Assim que estávamos prontas, saímos do hotel, e a brisa gelada nos cumprimentou.

Assim que pisamos na rua, a neve sob nossos pés fazia um som crocante. A cidade estava tranquila, e as pessoas pareciam mais alegres, admirando a beleza mágica que se desenrolava diante de nós. Maya começou a caminhar em direção ao Central Park, e eu a segui, sorrindo enquanto a neve caía suavemente em nossos cabelos.

- Podemos fazer um boneco de neve! - sugeri, animada.

- Sim! E também uma guerra de bolas de neve! - respondeu Maya, com um brilho travesso nos olhos.

Ao chegarmos ao parque, a cena era ainda mais deslumbrante. As árvores estavam cobertas de neve, e os caminhos eram um tapete branco. Vimos crianças brincando e adultos tirando fotos, todos se divertindo sob a nevasca.

Maya eu nós afastamos do barulho da cidade, encontrando um espaço aberto no Central Park coberto por uma camada espessa de neve fresca. A brancura ao redor parecia brilhar, e o ar gelado, embora cortante, era revigorante. Com um sorriso travesso, Maya foi a primeira a enfiar as mãos nas luvas e começar a juntar neve.

- Vou fazer uma base forte! - disse ela, com determinação.

A cada bola de neve que moldavamos, as risadas aumentavam. A primeira bola era gigantesca, e juntas, rolamos pela neve para engrossá-la, os rostos vermelhos do esforço e do frio.

- Está ficando enorme! - comentei, enquanto tentava empurrar a bola ainda maior.

- Se continuar assim, nosso boneco vai ser um gigante! - Maya brincou, soprando uma mecha de cabelo que escapara de seu gorro.

Quando a base ficou pronta, Maya começou a moldar o corpo, enchendo as mãos de neve para fazer a segunda bola, menor, mas ainda imponente. Eu a ajudava, compactando a neve com cuidado para não quebrar a estrutura. A cada passo, era como se fossemos crianças novamente, sem pressa, apenas se divertindo.

- Agora a cabeça! - Maya anunciou, pegando um punhado generoso de neve e moldando a esfera final. Com um leve empurrão, ela a posicionou no topo do corpo. Vocês se afastaram por um momento, observando o boneco de neve começar a tomar forma.