Capítulo 3 - Jogos

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Capítulo 3 - Jogos

Giovanna Torres

O que que aquela mulher acha que tava fazendo? Ela acha que vai mandar em mim? Sou eu quem tem o controle, e não ela! Ela é maluca, quem fica provocando a pessoa que tem sequestrou? Ela acha que tá vivendo um filme? Sem contar que ela é casada!
Depois do jantar eu subi pro quarto e fica por lá mesmo até dormir, no outro dia eu me arrumei e fui chamar a Maya pra gente ir lá loja comprar algumas roupas pra ela.

- Maya. - Grito batendo na porta.

Ela abre a porta, ela ainda estava usando a minha camiseta branca e calcinha. Olho pra ela de cima a baixo e volto o olhar pro seu rosto, ela realmente era muito bonita.

- Algum problema? - Ela pergunta mordendo os lábios.
- Eu vim te chamar pra gente resolver o problema da sua falta de roupas.
- Sério? Tô no meio do mato, achei que iria poder ficar sem nada.
- Não queremos isso.
- Você não quer? - Ela perguntando olhando para os meus lábios e eu nego com a cabeça. - É uma pena, eu adoraria.
- Se arruma pra gente ir.
- Não cansa de me dar ordens?
- Não. Tô te esperando lá embaixo, não demore. - Saio.

Desço as escadas e pego um xícara de café, tomo-a e depois me encosto no balcão, pego meu cigarro e procuro o isqueiro no bolso, até que Maya aparece com um isqueiro apontado pro meu cigarro para acende-lo.

- Você fuma? - Pergunto depois de tragar.
- Ás vezes, posso? - Ela aponta pro cigarro.
- Claro. - Entrego-o pra ela e ela traga.

Puta que pariu, ela fica muito atraente fumando.

- Já sabe que loja vai querer ir?
- Você acha que eu conheço alguma coisa aqui? - Ela pergunta me devolvendo o cigarro.
- Imaginei isso mesmo.
- Por quanto tempo você vai me manter aqui?
- Tempo indeterminado.
- Sinto que vou me divertir bastante. - Ela fala se aproximando e eu me afasto.
- Vamos? - Pergunto e ela assente.

Entramos no carro e fomos atrás de uma loja de roupas que agradece a madame.

- Com que dinheiro você vai pagar?
- Não te interessa.
- Eu fico instigada quando você fala assim.
- Você é maluca. - Falo estacionando o carro e ela me olha sorrindo.
- Eu vou fazer essas férias ficarem bem interessantes, Giovanna.
- Como? - Encaro ela e ela vem se aproximando sem perder o contato visual.
- Segredo. - Ela sussurra no meu ouvido e eu fecho os olhos tentando me controlar.
- Vi que vai ser bem difícil.
- Me resistir? Também acho, você deveria estar se aproveitando.
- Eu não quero ficar com você, Maya.
- Engraçado que seus olhos me dizem o contrário.
- Eu tô aqui a trabalho e você não vai me fazer perder o foco.
- E se eu fizer?
- Tenta a sorte então.
- Que comecem os jogos, Giovanna. - Ela beija minha bochecha e sai do carro.

Eu respiro fundo antes de fazer o mesmo. Saímos no carro e entramos na loja, ficamos certa de 2 horas dentro da porra daquela loja. A Maya aproveitou pra renovar todo o guarda roupa dela, ela comprou várias lingeries lindas que em outra hipótese eu adoraria tira-las. Fogo, Giovanna. Tenha foco. Pagamos tudo e voltamos pro carro.

- O que achou das minhas compras?
- Fez boas escolhas. - Ligo o carro.
- Gostei da sua camiseta branca, vou ficar com ela pra mim.
- Eu não te dei ela.
- Não importa, ela é minha agora.

Essa mulher exala tesão em todas as frases. Não respondo nada, apenas dou a partida no carro.
Passamos o caminho todo em silêncio, graças a Deus. Quando chegamos eu ajudo a Maya subir com as coisas pro quarto dela.

- Giovanna. - Ela chama assim que me vê saindo quarto e eu me viro. - Senta. - Ela aponta pra cama.
- Pra que? - A olho confusa.
- Vou fazer um desfile pra você, senta rápido.
- Da um tempo, Maya.
- Giovanna, eu tô sem paciência. Senta logo na porra dessa cama. - Ela ordena de forma rude.

Amor Profano - MagiOnde histórias criam vida. Descubra agora