Capítulo 11 - Arma

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Capítulo 11 - Arma

Maya Manoela

É estranho eu sentir que durmo melhor quando eu durmo com a Giovanna? Ter o corpo dela próximo ao meu me transmitia certa paz, sentir a respiração dela no meu pescoço era como uma melodia suave que embala meu sono. Cada suspiro dela era um lembrete silencioso de que eu estava onde deveria estar, de que não estava sozinha.
Às vezes, quando a noite parecia interminável e a mente corria com pensamentos agitados, o simples ato de tê-la ali me dava um alívio inexplicável. O calor do seu corpo era um abrigo acolhedor contra os medos que pareciam crescer na escuridão. Eu me encontrava adormecendo com um sorriso nos lábios, sabendo que ela estava ao meu lado, tornando o mundo um pouco mais suave.
Quando eu acordava, seu rosto estava ainda sereno e tranquilo, um reflexo da mesma paz que eu sentia ao seu lado. A forma como ela se aninhava em mim, sem palavras, apenas com a proximidade, era mais reconfortante do que qualquer conversa ou gesto. Cada momento ao seu lado era uma confirmação silenciosa de que nossos corações batiam no mesmo ritmo, compartilhando um espaço que só nós compreendíamos.
Era curioso como a simples presença dela fazia tudo parecer mais claro, mais simples. Em seus braços, eu encontrava não apenas conforto, mas uma certeza inesperada de que tudo ficaria bem.

- Bom dia. - Ela fala com a voz sonolenta.
- Bom dia, eu te acordei?
- Não, relaxa. Tava me admirando?
- É, confesso que você fica linda dormindo. - Sorrio.
- Só dormindo?
- Não, na verdade você é linda de qualquer jeito.

Ela sorri e me da um selinho demorado.

- Você também é linda, Maya.
- Nem acredito que isso tá acontecendo.
- O que? - Ela me olha curiosa.
- Eu e você.
- Nem eu.
- Eu tenho medo de como vai ser o futuro, mas se eu estiver com você, vai valer a pena.
- A gente tá se metendo em uma enrascada, espero que você esteja ciente disso.
- Vai dar tudo certo, eu sei que o Christopher nunca me faria mal. 

Ficamos por uns vinte minutos conversando até a Giovanna levantar e dizer que queria tomar banho.

- Trás suas coisas e toma banho aqui comigo.
- Tá, eu já volto.

Giovanna voltou e entrou no banheiro, eu estava indo atrás mas ouvi o celular dela tocar, ela me olhou surpresa e foi em direção ao celular. 

Ligação on

- Alô, quem é?
- Oi Giovanna, é a Kiara. Eu queria saber o por quê de você ter me bloqueado?
- Ah, oi Kiara. 

Kiara.

Aquela vagabunda.

- Não é nada particular, é só que...
- Amor, vem tomar banho comigo! Giovanna! - Grito e ela me olha com um sorriso de canto.
- Desculpa Kiara, acho que você ouviu né? Eu tô apaixonada por uma pessoa e foi por isso que eu te bloqueei, espero que você entenda.
- Amor, vem logo! - Grito mais uma vez e ela desliga a ligação e joga o celular na cama.

Ligação off

- Você é maluca.
- Essa tal de Kiara que é, não quero que fique você de conversinha com nenhuma vagabunda.
- Pode relaxar, vem. - Ela pega no meu braço e me puxa para dentro do banheiro.

Horas depois...

Depois que tomamos café a Giovanna subiu pro quarto dela e ficou por lá e eu fui procurar algo pra me ocupar. Mas eu notei o tempo passando e nada da Giovanna sair daquele quarto, e foi ai que eu tive a iniciativa de subir lá pra ver o que ela estava aprontando. 

Abri a porta lentamente e vi ela sentada na cama de costas para a porta, fui me aproximando lentamente até notar que ela estava observando duas armas que estavam em cima da cama dela.

Amor Profano - MagiOnde histórias criam vida. Descubra agora