SUSPIROS AFOGADOS, ABAIXO DA ESCURIDÃO

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Suspiros afogados, abaixo da escuridão

Enquanto em frangalhos, procuro um brilho único

O tempo sobre meus ombros

Arrastando sua agulha em minha jugular

A silhueta em minha janela me faz ter certeza

As bandidas ocas como um ponteiro

Fazendo uma entrada, talvez, trágica

Porém se houvesse uma corda, realmente importava?

E sua luz era a única para me guiar

Com olhos de um perdido, talvez fosse uma fossa

Ainda assim, sua mão se estendia até mim,

Tão delicada e pálida, como anos e décadas em descanso

E cruel em rugidos de trovões de tempestade

Agora, você está aqui, e é tudo o que queria saber,

Meu coração, minha respiração

Meu tudo e o mais significante nada

Diabólica, com seus passos errantes

Não se aproxima? não é a ti que me apavora?

E se torna um jogo,

Meu semblante pálido,

Logo abaixo, uma cor vívida, deixando-me

A batida em um ritmocântico, suave e monótona

Não há movimento, eu sei que é tolice

Mas esperar é um pecado ao qual choro

Tão desesperador, sufocando naquilo que me pertence

Se é que existe

Mas você não se aproxima, ainda sabe

É uma distância cruel, e esse é o método

É o que é, sem mais suspiro.

Evelyn Caroline Hoepers - 05 de agosto de 2024

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