CONSOLAÇÃO DE PRIMAVERA

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Minha mocidade, não chores atoa. Nem tudo está perdido.
  A nossa moda morreu, nossa música morreu, os nosso entretenimentos não são mais os mesmo, a flor morreu. Porque levantar esse penar? Se levas na vida, o trecho de Belchior, onde ano passado morri, mas esse ano não morro mais, reconsidere o que há mais. O passado ficou, o mar novo no nosso porto entrou, não tem aqueles mesmos ares, mas tem brisa nova. Devemos dá continuidade ao pingo de esperança, nela presente como o café. Não penses que tudo esfriou, o fogo ainda durará eterna chama, com as nossas aventuras, nossas quedas, nossos saltos, tudo isso que numa lembrança vagante, faz do nosso rosto a expressão de alegria.
  Ainda há muitas pedras no nosso caminho, muitas quadrilhas de arraial, tanto, que nessas mil aventuras prosadas, temos mais prosas a dividir. Temos muitos livros para ler, temos muitos lugares para visitar, temos muitos parques para correr, temos muitos sábados para beber e cantar. A amarga lembrança pode se tornar frágil quebrante do medo, onde ele se instaurou e fez morada, pode ser demolida e feita o amor o novo residente.
  Vamos visitar muitos reinos, em especial, o reino mais citado de Drummond, o reino das palavras, vamos descobrir motivos para rir, dançar talvez, ao som dessa melodia que nos fortalece para a lida.
  Sei, que em nossos corações, há de ser construído muitas histórias, muitos versos que serão da admiração de nossas próprias almas. Lindo é olhar a alvorada que cheira a café, vinda do terreno que cultiva toda prosa do dia a dia, como é belo ser, crescer nessa evolução cotidiana, e virar um símbolo da beleza que cabe toda a interpretação do que é ser belo aos olhos dos novos. Não julgueis tanto as letras, ouça elas, veja os filmes novos, veja a mocidade, veja a namorada, veja o namorado, veja o pai, veja a mãe, veja o gato, veja o cachorro, veja a árvore, veja os irmãos, veja a flor, doce apreciação do que é, saber não ficar esquecido na ignorância do tempo, onde o passado sufoca nossas idas e vindas. Não fiqueis alienados, seja o que a criança aponta e ver, mesmo que seja falso, a inspiração do que é ser você.
  Façamos do hoje, a vida mais primavera, ou mais bonita nas cores de outono, pois em condições de cronista, o papel ainda tem seu rumo. Porque não podes ter rumo? Você é necessário a coisas tão obvias da vida, muitos precisam ver o seu sorriso, sorriso esse com olhos que inspiram a primavera.
Vamos, minha cordial mocidade, não quero ver você triste, um chocolatinho pra você.

Fragmentos de Memória e MelodiaOnde histórias criam vida. Descubra agora