SEM COMPROMISSO

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É sempre representativo lembrar de alguns estudos que em tempos idos foi passado. Nao entendo, aprendemos desse passado, que para muitos vira a própria arma que fere o pé das nossas liras adormecidas. As coisas ensinadas, fazem a criatividade e o lirismo de seus subordinados, serem sacrificadas, A alma que pensas ter, é de Olavo Bilac, ou está emulando seu jeito? Utiliza de adjetivos brilhantes e verbos estes, que vão ao extremo do pretérito perfeito do passado? Isto na mente parece mais que perfeito, ou para mim, imperfeito naquilo que foge das linhas acadêmicas chatas da ABL.

É preciso ter resgate, é preciso a simpatia, ignorar os males que ferem o estudo. Sei que a função da escola é castrar os sonhos de seus alunos (o que é verdade, meu ego virado da cabra dá notas). Na matéria amiga da arte, é lembrado a importância de preservar e manter salva a imaginação, seja de Gustavo Capanema à Paulo Freire, quaisquer de toda escola detentora da alma digna do ensino, tem de si nas mãos a alma artística e lírica dos nossos alunos.
O que quero, é que se enxerguem, olhar para a própria alma e ver a hipocrisia de suas cobranças, vocês podem evoluir, ser original, mas porque forçar uma coisa que tem a inútil busca ao perfeccionismo do diamante brilhante do paranasianismo?
Deixe a poesia ser original, que chatice seguir um parâmetro decorativo dos caducos. Parabéns para os versos alexandrinos, Salve o Haikai ou Poetrix, mas não censure, não mate os Versos livres, não retire da alma para uma falsa conquista do ensino (com certeza isso é de muita dó do espírito). Quero os versos que meus filhos irão recitar na janela do novo mundo, volto e digo as frases que fazem o meu amor ser vivo, renovado. Meu mundo foi feito da poesia, pois em tudo que há inspiração, será lindo os versos livres, a poesia habita na criança, na cambalhota, na risada, na borboleta, na árvore, na montanha, na nuvem, no Sabiá que canta no Ipê. Há poesia em tudo nisso.

Peço até desculpas, não foi para citar raiva ou revoltas. É importante estudar movimentos literários, algumas vezes, leio autores como Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Teófilo Dias e muitos outros, eles tem uma lira própria, mas com a inspiração, vem o fruto do aprendizado, minha crítica é você prender aos moldes arcaicos, mas vamos levar esse texto, carta, algo do tipo como uma injúria? Não, isso é conversa de bar, Mais um uísque aqui na mesa, vamos clamar Manuel Bandeira!

Fragmentos de Memória e MelodiaOnde histórias criam vida. Descubra agora