REFÚGIO

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Os braços de minha mãezinha
Não vão acalentar o meu penar
Nem liras ditas pra rimar
Esquecem o que são para meu sono

Tudo o que já foi, nunca mais irá voltar
As heranças, ricas terras
Não vão fazer lembrar o meu chão
Pois esquecem meu sono, comum de quem não vai arriscar

Esse acalanto, que tanto almejo
E de um medo
Do que será minha lira?
Do que será meu céu?
O que será da manhã?

Quero voltar aos braços da minha mãe
Pegar num sono de ninar
Que quando na hora mais fria, vier me pegar
Não serei eu, esse pobre penar

Meu mundo no colo dela irá dissipar
Mesmo sabendo que uma hora
A paz irá se fazer ausente
E assim voltarei, naquele molde se ser

Fragmentos de Memória e MelodiaOnde histórias criam vida. Descubra agora