Os braços de minha mãezinha
Não vão acalentar o meu penar
Nem liras ditas pra rimar
Esquecem o que são para meu sonoTudo o que já foi, nunca mais irá voltar
As heranças, ricas terras
Não vão fazer lembrar o meu chão
Pois esquecem meu sono, comum de quem não vai arriscarEsse acalanto, que tanto almejo
E de um medo
Do que será minha lira?
Do que será meu céu?
O que será da manhã?Quero voltar aos braços da minha mãe
Pegar num sono de ninar
Que quando na hora mais fria, vier me pegar
Não serei eu, esse pobre penarMeu mundo no colo dela irá dissipar
Mesmo sabendo que uma hora
A paz irá se fazer ausente
E assim voltarei, naquele molde se ser
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Fragmentos de Memória e Melodia
De TodoA vida é tratada com muita dureza, deixando passar pequenos detalhes que fazem dela um pouco mais doce. Deixamos a Poesia que compõe a flor mais viva, que faz a criança rir, passar despercebida diante dos nossos olhos. Fragmentos de Memória e Melodi...