SUMIDO TIAGO

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A vida tem seus mistérios, mistérios esses que são como nós de sapato, que se descoberto, são destacados. Muitas das vezes, temos pessoas que iluminam nosso caminho, aparecem com um mistério, e logo sabemos lidar com o caso, caso esse que faz de nós um molde de vida, assim foi com o então Tiago.

Tiago era uma pessoa que não era de conversar muito, preferia muita das vezes se manter no0 seu canto, no seu mundo e seus pensamentos, mas quem se atrevesse puxar assunto, viraria colega do nosso protagonista, mas tiago nunca baterá o santo com minha pessoa, mas eu sentia a necessidade de alguma forma, sentir pena da sua forma exótica de convivência. num dia chuvoso no escritório, tiago estava com aparência desgastada, num impulso estranho, fui levado a puxar papo com ele, ele estranhou no início, mas logo a conversa fluiu bem.

Nisso se passou um tempo, nesse tempo que passara, fomos virando amigos, amigos de cabine de do escritório, ele era cearense, vindo bem do norte, mas isso não interfere tanto nas nossas relações cordiais, a não ser a saudade de sua família, onde ele sempre se queixava comigo dá saudade de sua mulher e seus 3 curumins, que dó dava de tiago.

Ele escrevia cartas profundas, sempre num contraste aleatório, nunca previ seu no dia de finados seria uma carta formal, triste, alegre ou estúpida de linguajar mau, mas o que sabemos é que ele agora está feliz, está lá no ceará, junto de sua família, com dinheiro à pampa, que conquistara na capital carioca.

Se passaram mais de 3 anos, como será que está o tiago, sujeito bom, de bom caráter, raro são os que se parecem com a sua tamanha bondade, ouvir chiados das más línguas dizendo que ele morreu na avenida são joão de fortaleza, outro diz que ele saiu do brasil, outro diz que ele tá rico e morando na alemanha, já um me chamou atenção, que ele se mudou de volta para o rio de janeiro junto das crianças e sua esposa, e que mora agora na avenida de nossa Sra. De Copacabana perto do posto 6, resumido o endereço, perto do meu apartamento. O que me resta agora é olhar para os prédios da avenida, enquanto vou ao edifício Capanema, dentro do ônibus, um dia de um lado e outro dia, do outro, dentro do ônibus. Se minha fé morrer um dia, irei voltar a ir de metro para o Centro.

Fragmentos de Memória e MelodiaOnde histórias criam vida. Descubra agora