A tarde de sábado estava envolta em uma suavidade primaveril quando Sofia entrou no apartamento. A luz do sol, filtrada pelas cortinas de linho bege, se derramava sobre os móveis simples e acolhedores do ambiente. O cheiro de café fresco preenchia o ar, misturando-se com o aroma das flores que decoravam a mesa. Maria José estava fora, e Sofia aproveitou a tranquilidade para relaxar, depois de um dia cansativo.
Ela estava usando um vestido floral de algodão, leve e confortável, ideal para o calor moderado da estação. O vestido, com suas cores suaves e estampas delicadas, contrastava com a cor escura dos móveis antigos e o tapete surrado que cobria o piso. Sofia se sentou no sofá, uma peça acolhedora coberta com uma manta de crochê, e pegou uma xícara de café quente.
O som da campainha a fez erguer a cabeça, interrompendo seus pensamentos. Quando ela abriu a porta, Marcos estava ali, com um olhar suave e um sorriso familiar. Ele usava uma camisa de botão azul clara, que combinava com o clima agradável, e calças jeans escuras que destacavam seu estilo casual e despretensioso.
“Oi, Sofia,” ele disse, seu tom de voz confortável e calmo. “Achei que poderia aparecer para uma visita. Se estiver ocupada, posso voltar depois.”
Sofia sorriu, um brilho de alívio em seus olhos. “Não, está ótimo. Entre, por favor.”
Marcos entrou e olhou ao redor, sua expressão relaxada enquanto observava o ambiente. “Parece que você está tendo um momento tranquilo. Posso preparar um café para nós?”
Sofia assentiu, sentindo um calor reconfortante com a presença dele. “Sim, seria ótimo. Já fiz o meu, mas sempre é bom ter companhia.”
Enquanto Marcos se dirigia à cozinha, Sofia observou-o com um sentimento de gratidão. A forma como ele se movia pelo apartamento ,com uma naturalidade tranquila, fez com que o ambiente ficasse ainda mais acolhedor.
Marcos retornou com duas xícaras de café e se sentou ao lado de Sofia no sofá. O cheiro do café, combinado com o frescor da primavera que entrava pela janela, criou uma atmosfera tranquila e íntima.
“Então, como foi o seu dia?” Marcos perguntou, inclinando-se um pouco em direção a Sofia. Seus olhos estavam atentos e cheios de interesse genuíno.
Sofia respirou fundo, relaxando um pouco mais. “Foi um dia cansativo. Muitas coisas para fazer, e a pressão não diminui. Mas estou contente por ter um momento de calma agora.”
Marcos sorriu, um sorriso que transmitia compreensão. “Eu entendo. Às vezes, é preciso parar e aproveitar esses pequenos momentos de paz.”
Sofia o olhou com um misto de admiração e gratidão. “Sim, exatamente. Sua presença faz com que tudo pareça um pouco mais fácil.”
O ambiente parecia mais quente e mais acolhedor à medida que a conversa fluía. Marcos parecia verdadeiramente interessado em ouvir, e Sofia se sentia confortável compartilhando seus pensamentos e sentimentos.
“Você sabe,” Marcos começou, sua voz baixa e ponderada, “eu estive pensando muito sobre o que você tem enfrentado. E quero que saiba que, se precisar de um ombro amigo, estou aqui para isso. Sem pressões, só para estar ao seu lado.”
Sofia sentiu uma onda de conforto ao ouvir suas palavras. “Isso significa muito para mim, Marcos. Às vezes, só ter alguém com quem conversar faz uma grande diferença.”
O silêncio que se seguiu foi confortável. Marcos pegou a mão de Sofia, um gesto simples, mas carregado de significado. Ela olhou para ele, seus olhos encontrando os dele, e sentiu uma conexão profunda e sincera.
“Eu realmente aprecio o quanto você tem sido paciente e compreensivo,” Sofia disse, sua voz cheia de emoção contida. “Sei que não é fácil, especialmente com tudo o que está acontecendo.”
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Quatro estações
Roman d'amourSofia e Daniel viveram um amor de verão, ardente e promissor, mas quando o outono chegou, a distância esfriou o relacionamento e as folhas da confiança começaram a cair. Mas será que o amor pode sobreviver às cicatrizes que o tempo deixou? "Quatro E...