Nas entrelinhas da tempestade

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Sofia e Daniel passaram o dia todo juntos e matando a saudade que tanto os consumia,após um jantar já cansados decidiram ir para o hotel que a qual Daniel estava hospedado estavam ansiosos para ficaram totalmente a sós.

A porta do quarto se fechou suavemente atrás deles, abafando os sons do lado de fora, e pela primeira vez em muito tempo, Sofia sentiu que o mundo finalmente parava de girar ao seu redor. O quarto do hotel era sofisticado, com uma decoração minimalista e toques modernos, mas nada disso importava. Tudo o que ela conseguia sentir era a presença de Daniel, tão próxima e intensa. A atmosfera estava impregnada de uma mistura de ansiedade e desejo, que fazia o ar parecer mais denso.

Daniel segurou a mão dela e a guiou até a cama, sentando-se ao lado dela, seus olhos encontrando os dela com uma intensidade que fez seu coração acelerar. O silêncio entre eles não era desconfortável; era um tipo de comunicação silenciosa, onde as palavras não eram necessárias. Sofia o observou por um momento, sentindo o peso de tudo o que eles haviam passado - as incertezas, os rumores, a distância. Mas naquele momento, tudo parecia distante, como se houvesse apenas os dois, no centro de um universo particular.

Daniel acariciou o rosto de Sofia com delicadeza, seus dedos deslizando pela pele dela como uma brisa suave de outono. Ela fechou os olhos, absorvendo o toque dele, tentando gravar aquela sensação em sua memória. Quando abriu os olhos novamente, Daniel estava mais perto, tão perto que ela conseguia sentir o calor do corpo dele irradiando contra o seu.

- Eu senti tanto sua falta - ele sussurrou, sua voz grave soando como uma promessa. - Nada disso faz sentido sem você.

Sofia sentiu seu coração apertar com a sinceridade nas palavras dele. Ela queria acreditar, queria se deixar levar, mas havia tanto em jogo. Ainda assim, naquele momento, suas dúvidas pareciam menos importantes do que o que ela estava prestes a sentir. Suas mãos tremeram levemente enquanto ela se aproximava dele, seus lábios tocando os dele em um beijo suave, hesitante no início, mas logo se tornando mais profundo, como se estivessem tentando recuperar o tempo perdido.

O beijo de Daniel era como uma tempestade de verão, intensa e ao mesmo tempo reconfortante, trazendo à tona todas as emoções reprimidas que Sofia vinha tentando controlar. Suas mãos subiram até os cabelos dele, puxando-o para mais perto, enquanto os braços dele a envolviam, trazendo-a para o colo dele de maneira possessiva, como se ele tivesse medo de que ela desaparecesse.

- Eu também senti sua falta - ela murmurou contra os lábios dele, seu corpo começando a relaxar sob o toque dele. - Mais do que eu gostaria de admitir.

O sorriso de Daniel se alargou, e ele a deitou suavemente na cama, pairando sobre ela por um momento, como se estivesse admirando cada detalhe de seu rosto. A maneira como ele olhava para ela a fez se sentir especial, desejada, como se ela fosse a única coisa importante no mundo para ele naquele instante.

Os dedos de Daniel deslizaram pelo braço dela, traçando um caminho lento, como se ele estivesse tentando memorizar cada centímetro de sua pele. Sofia se arqueou levemente sob o toque dele, seu corpo respondendo automaticamente ao calor da proximidade dele. Ela fechou os olhos novamente, deixando-se perder naquela sensação de estar completamente presente, sem preocupações, sem medos, apenas eles dois.

O fim de semana que eles passariam juntos prometia ser mais do que apenas um momento de reconexão. Era uma pausa, um espaço onde podiam deixar de lado todas as pressões do mundo exterior e simplesmente existir um para o outro. Naquele quarto, o tempo parecia desacelerar, e Sofia permitiu-se relaxar, sabendo que, mesmo que o futuro fosse incerto, o presente era apenas deles.

Os dedos de Daniel continuaram a explorar a pele dela, cada toque enviando uma onda de calor por todo o corpo de Sofia. A sensualidade daquele momento não estava apenas no desejo que sentiam um pelo outro, mas na intimidade que compartilhavam. Cada suspiro, cada olhar era uma reafirmação de tudo o que tinham vivido juntos, e de tudo o que ainda estavam dispostos a lutar.

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