Capitulo 2

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Ele me olhava com um olhar amargurado e cheio de desprezo. Acenei para o capataz, que estava a alguns metros de distância, e disse que queria aquele. O olhar do escravo se tornou ainda mais rígido, o que me deixou desconfortável. O capataz se aproximou, dizendo:

— Este que quer, minha senhora?

Acenei com a cabeça, e ele falou com raiva para os outros escravos irem trabalhar. Foi então que gritei, perdendo a compostura digna de uma dama:

— Parem todos! Quem dá as ordens durante esses dias em que meu pai está fora sou eu! Exijo que obedeçam apenas às minhas ordens. E quem quebrar essas ordens...

O capataz ficou em silêncio, claramente incomodado com minha posição. Mas pouco me importava. Terminei dizendo:

— Quero que todos os escravos, sem exceções, depois de realizarem apenas o necessário para o casarão, fiquem livres de tarefas e tirem o dia para descansar!

O capataz saiu irritado, mas sem dizer uma palavra. Os escravos começaram a se dispersar, conversando entre si, confusos.

O escravo que eu escolhera me observava atentamente. Comecei a analisá-lo: era alto, com cabelos compridos, olhos verde-claros e lábios rosados, mas também escuros. Dei ordem à escrava
responsável pelas roupas limpas para trazer algo para que ele pudesse se lavar.

Ela ficou confusa, mas chamou o escravo para cumprir minha ordem.

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