Capítulo 21

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Após saírem da escola, Ayllia, Jade, Fernando, Otto, Naomi e Amber se reuniram em frente ao estacionamento. A tensão no ar estava palpável, especialmente em relação a Adeline.

— Vocês não acham que deveríamos ir a pé? — sugeriu Ayllia, quebrando o silêncio. — Assim, podemos conversar melhor sobre a Adeline e o que fazer a respeito.

— Boa ideia — Jade concordou. — O que aconteceu no carro ainda está martelando na minha cabeça. Não dá para ignorar.

— Além disso, se algo acontecer, podemos estar mais atentos — acrescentou Fernando, olhando para os outros. — Adeline não está em seu melhor estado, e a última coisa que precisamos é que ela se machuque.

— Vamos, então! — Otto disse, animado. — É uma caminhada tranquila até nossas casas.

Eles começaram a andar, formando um pequeno grupo que seguia em direção a um caminho mais calmo. A conversa fluiu à medida que discutiam suas preocupações sobre Adeline.

— Eu realmente sinto que ela está escondendo algo — Naomi comentou, seu tom sério. — A raiva dela é mais do que apenas o que aconteceu com o Andy.

— E o jeito que ela quase bateu o carro... — Amber acrescentou, com um olhar preocupado. — A sensação de quase morte não é algo que você ignora facilmente.

— Precisamos dar espaço para ela, mas também mostrar que estamos aqui — Ayllia disse, determinada. — Não podemos deixá-la sozinha nesse momento.

Enquanto caminhavam, o clima foi mudando. O ar fresco da tarde ajudava a clarear a mente de todos. Eles riam e compartilhavam histórias, mas a preocupação com Adeline ainda pairava sobre eles.

Assim que se aproximaram de uma área arborizada, Jade parou, olhando para os amigos.

— Se ela não quiser falar, nós teremos que encontrar outra maneira de ajudar — disse, pensativa. — Talvez uma abordagem mais direta seja o caminho.

— Concordo — disse Fernando. — O mais importante é que ela saiba que pode contar conosco, não importa o que aconteça.

Com essa determinação, continuaram a caminhada, fortalecendo seus laços e preparando-se para enfrentar o que quer que estivesse por vir. A amizade deles era um abrigo seguro em meio à tempestade.

A caminhada seguiu tranquila, mas à medida que se aproximavam da rodovia deserta, a atmosfera mudava. A escuridão começava a envolver o lugar, e a luz do sol se despedia lentamente, dando lugar a um céu estrelado. O grupo parou diante da rodovia, sentindo o peso da separação.

— Então, é aqui que nos dividimos — Ayllia disse, olhando ao redor, sentindo a solidão do lugar.

— É estranho estar aqui à noite, sem carros — Jade comentou, observando as sombras dançantes sob as luzes fracas.

— Verdade — respondeu Fernando, com um tom sério. — É como se estivéssemos em um filme de terror.

— Vamos nos certificar de que todos cheguem em casa bem — Amber insistiu, tentando dissipar a tensão. — E não se esqueçam, sábado estamos de volta na casa da Adeline.

— Concordo — Naomi disse. — Precisamos entender o que está acontecendo com ela.

Ayllia olhou para cada um dos amigos, a preocupação refletida em seus rostos.

— Vou para a esquerda — disse Fernando, apontando. — Minha casa é ali perto.

— E eu vou para a direita — Amber completou. — Tem um atalho que me leva direto.

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