Capítulo 30

4 1 0
                                    

Na manhã seguinte, a luz suave do sol filtrava-se pelas cortinas, iluminando o quarto de Adeline com um brilho quente. Ayllia foi a primeira a abrir os olhos, sentindo-se confusa e um pouco grogue. O que havia acontecido na noite anterior? Ela virou a cabeça e viu Adeline ainda dormindo, com o cabelo espalhado pela cama e um leve sorriso nos lábios, como se estivesse sonhando com algo bom.

Ayllia se levantou lentamente, a cabeça ainda girando. Enquanto se espreguiçava, lembrou-se das danças, das risadas e da sensação de liberdade que experimentaram. Um sorriso involuntário apareceu em seu rosto. O que mais poderiam ter feito naquela noite?

Ela decidiu ir à cozinha, tentando lembrar-se de onde havia deixado seu celular. Ao entrar, notou que a bagunça da noite anterior ainda estava presente: taças vazias, alguns salgadinhos espalhados e as roupas elegantes jogadas pelo chão. A lembrança do vestido branco a fez rir, lembrando-se de como havia se sentido como uma verdadeira princesa.

Enquanto preparava um copo de água, ouviu passos atrás de si. Adeline apareceu na porta da cozinha, com os cabelos bagunçados e uma expressão sonolenta. Ela estava usando uma camiseta grande e desleixada, mas ainda assim emanava uma aura de confiança.

— Bom dia, dorminhoca — disse Ayllia, tentando esconder o riso.

— Ugh, que hora é? — Adeline perguntou, esfregando os olhos.

— Tempo de se lembrar da nossa noite mágica, princesa — Ayllia respondeu, com um sorriso travesso.

Adeline soltou uma risada suave, ainda se espreguiçando. — Eu espero que não tenhamos feito nada muito embaraçoso...

— Bem, temos algumas fotos e vídeos que podem dizer o contrário — Ayllia respondeu, piscando.

Adeline fez uma expressão de horror brincalhona. — O que?!

As duas riram, a atmosfera leve e descontraída. Elas sabiam que a noite havia sido um momento de liberdade e diversão, um respiro em meio às complicações de suas vidas. E mesmo que as consequências ainda fossem incertas, o vínculo que compartilharam naquela noite as tornara mais próximas.

— Vamos nos arrumar e enfrentar o mundo, então — Adeline disse, agora com uma determinação renovada. — E talvez um café para ajudar na ressaca?

Ayllia concordou, ambas se dirigindo para o banheiro. O dia estava apenas começando, mas elas sabiam que qualquer coisa que viesse a seguir seria melhor juntas.

Decidindo que um dia de folga em casa era exatamente o que precisavam, Adeline e Ayllia se acomodaram no sofá grande da sala, o espaço perfeito para um sábado preguiçoso. O aroma do café fresco ainda pairava no ar, e a luz suave do sol filtrava-se pelas janelas, criando um ambiente aconchegante.

Adeline estava sentada no braço do sofá, com uma caneca de café na mão, enquanto Ayllia se espalhava confortavelmente deitada, as pernas repousando no colo de Adeline. O filme começou, uma comédia leve que prometia risadas e descontração.

— Isso é o que eu chamo de sábado perfeito — Ayllia disse, sorrindo enquanto se ajeitava. Adeline soltou uma risada e brincou com os cabelos da amiga, fazendo uma trança desajeitada.

À medida que o filme avançava, as duas não conseguiam parar de comentar sobre as cenas. Adeline fazia piadas sarcásticas, enquanto Ayllia a acompanhava, rindo e revirando os olhos. A química entre elas era inegável, e aquele momento parecia um bálsamo para suas almas.

— Olha isso! — Adeline apontou para a tela, onde um dos personagens estava em uma situação cômica. — Se isso não for eu tentando cozinhar, não sei o que mais seria.

Sick  stallkerOnde histórias criam vida. Descubra agora