Capítulo 35

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Com os materiais nas mãos e o coração pesado pela ausência de Adeline, o grupo decidiu ir até a casa dela para organizar tudo. Eles queriam que, quando a amiga acordasse, encontrasse um lar cheio de amor e carinho.

— Espero que ela acorde logo — Ayllia disse, olhando pela janela do carro enquanto Fernando dirigia. — Sinto falta dela.

— Eu também — Amber concordou, batendo levemente a mão no colo. — Essa colagem vai ser incrível. Ela vai adorar.

Enquanto conversavam, a atmosfera dentro do carro era de expectativa, misturada com uma preocupação palpável. Jade, sentada no banco da frente, checou rapidamente as mensagens no celular e a música tocava suavemente ao fundo.

De repente, um barulho estrondoso ecoou pelo veículo. Um objeto pesado foi jogado contra o vidro do carro, fazendo com que todos se virassem assustados.

— O que foi isso? — Matthew gritou, seu coração disparado.

— Não sei! — Fernando respondeu, segurando firme o volante.

Eles pararam rapidamente o carro, e Ayllia, já nervosa, olhou para fora. O que quer que tivesse sido, estava estirado no chão ao lado do carro. Ao olharem mais de perto, perceberam que era um animal — possivelmente um esquilo — que parecia ter sido ferido. O vidro do carro estava coberto de sangue, mas, por sorte, a blindagem havia protegido todos dentro do veículo.

Com o grupo tenso dentro do carro, Ayllia olhou pela janela e viu o animal ferido jogado no chão. O sangue manchava o vidro, e o clima ficou pesado rapidamente.

— Meu Deus, isso é horrível! — Jade exclamou, cobrindo a boca com as mãos.

— Precisamos checar se o bicho ainda está vivo — Ayllia insistiu, seu olhar fixo no animal.

— Espera! — Matthew gritou, mas Ayllia já estava abrindo a porta do carro.

— Ayllia, não! Pode ser perigoso! — ele protestou, mas ela estava decidida.

Otto, que estava quieto até então, tomou a iniciativa. — Deixa que eu vou. Fiquem aqui e se algo acontecer, liguem para a polícia.

Antes que pudesse sair, um estalo cortou o ar e um projétil atingiu o carro, fazendo um barulho ensurdecedor. Otto foi atingido de raspão no braço, e ele se virou rapidamente, a dor subindo pelo seu corpo.

— O que foi isso? — Fernando gritou, seu coração disparado.

— Viu? — Ayllia exclamou, apavorada. — Eu disse que era perigoso!

— O que está acontecendo? — Amber perguntou, olhando ao redor, com os olhos arregalados.

Otto, com a mão no braço, onde o sangue começava a escorrer, olhou ao redor em pânico. — Preciso de um curativo. A gente não pode ficar aqui!

— Precisamos entrar no carro! — Jade gritou, já começando a entrar em modo de ação. — O que quer que tenha feito isso, não vai parar por aqui.

Fernando ligou o carro rapidamente, sua mente cheia de adrenalina. Ele acelerou e dirigiu para longe, enquanto os amigos olhavam pela janela, tentando entender o que estava acontecendo. Ayllia estava em choque, as mãos trêmulas, enquanto Matthew e Amber tentavam fazer Otto ficar calmo.

— Você está bem? — Matthew perguntou, enquanto olhava para o corte que já começava a queimar e arder.

— Sim, só foi um raspão — Otto respondeu, forçando um sorriso. Mas todos podiam ver a preocupação em seu olhar.

Quando chegaram à casa de Adeline, o clima estava carregado de tensão e medo. Ayllia rapidamente pegou um pano e começou a pressionar o ferimento de Otto.

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