Capítulo 33

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Ayllia acelerou ainda mais, as luzes da cidade piscando rapidamente enquanto ela se dirigia para o hospital. O coração de Adeline batia fraco e irregular, e Ayllia não conseguia deixar de olhar para trás, preocupada com o estado da amiga.

— Adeline, por favor, não me deixe — sussurrou Ayllia, as lágrimas ameaçando cair. — Você é forte. Lute.

Os sons da sirene de uma ambulância se aproximaram, e Ayllia desviou o olhar por um momento para ver o veículo passando ao seu lado. Um impulso de esperança a invadiu, e ela decidiu que não tinha tempo a perder.

Finalmente, ela avistou o hospital à distância. A fachada iluminada parecia um farol em meio à escuridão da noite. Ayllia estacionou rapidamente, saltou do carro e correu para a entrada, gritando por ajuda.

— Precisamos de ajuda! — gritou ela para a recepcionista, gesticulando freneticamente em direção ao carro. — Minha amiga está machucada!

Dois enfermeiros logo surgiram, trazendo uma maca. Ayllia os acompanhou até o carro, e quando abriram a porta traseira, a expressão dos enfermeiros mudou rapidamente para uma mistura de preocupação e urgência.

— O que aconteceu? — um dos enfermeiros perguntou enquanto cuidadosamente transferiam Adeline para a maca.

— Eu não sei! Ela estava na floresta... — Ayllia começou a explicar, a voz embargada. — Ela desmaiou, e parece que está sangrando.

Os enfermeiros imediatamente começaram a verificar os ferimentos de Adeline. Um deles, com um olhar sério, pediu a Ayllia que se afastasse um pouco.

— Você precisa aguardar aqui. Vamos cuidar dela — disse ele, e Ayllia se sentiu impotente ao ver os profissionais trabalhando rapidamente.

Enquanto eles levavam Adeline para dentro, Ayllia ficou ali, a ansiedade e o medo a corroendo. O ambiente do hospital estava cheio de atividades frenéticas, mas tudo parecia distante para ela.

— Por favor, Adeline... volte para mim — murmurou, sua mente ainda revivendo a cena na floresta. O pensamento da sombra a perseguiu, e Ayllia sentiu um calafrio ao se lembrar do que tinha acontecido.

Finalmente, depois de um tempo que pareceu uma eternidade, um médico saiu, com um olhar sério no rosto. Ayllia correu até ele, seu coração disparado.

— Como ela está? — perguntou, a voz trêmula.

— Ela está recebendo os cuidados que precisa, mas foi um ferimento sério — disse o médico, sem rodeios. — Vamos precisar monitorá-la de perto. Pode ser que ela fique em observação por um tempo.

O coração de Ayllia afundou ao ouvir isso, mas ao mesmo tempo, um fio de esperança surgiu dentro dela.

— Posso vê-la? — perguntou Ayllia, a voz suave.

— Sim, mas ela pode estar inconsciente. Você deve ser rápida — disse o médico antes de voltar para dentro.

Ayllia respirou fundo, seguindo o médico até a sala de emergência. Quando entrou, viu Adeline deitada na maca, cercada por monitores que apitavam suavemente. O sangue ainda manchava suas roupas, mas os enfermeiros estavam trabalhando diligentemente para estabilizá-la.

— Adeline... — chamou Ayllia, com lágrimas nos olhos.

A expressão de Adeline estava tranquila, quase como se ela estivesse apenas dormindo. Ayllia se aproximou, pegou a mão de Adeline e segurou firme.

— Estou aqui... Você vai ficar bem, eu prometo — sussurrou Ayllia, a voz quebrando.

Os enfermeiros continuaram a trabalhar, e Ayllia se sentiu um pouco mais aliviada ao ver que a amiga estava recebendo os cuidados necessários. Ela ficou ali, segurando a mão de Adeline, esperando que sua amiga voltasse a si.

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