Capítulo 16: Me deixe sair...

44 7 40
                                    

(Narração de Wally Franks)

  Dirigindo pela rodovia a fora, em direção a Nova York, já próximos da cidade depois do dia interior inteiro rodando devido a longa distância. Eu estava determinado. Talvez até tivesse o prazer de bater em Joey depois de tudo o que ele fez. Eu pensei que ele teria mudado depois da falência, mas pelo visto isso só serviu para que ele piorasse ainda mais e realmente chegasse ao ponto de enlouquecer.

  Hope: Wally! Você está maluco! Não podemos fazer isso! - Ela disse enquanto se sentava no banco ao meu lado, indignada. Eu já liguei as chaves e mandei o carro para a rodoviária.

  Wally: Querida, estamos falando da filha de Henry! O homem mais criativo e incrível que eu já conheci em toda a minha vida! Eu preciso ajudá-lo! Fora que sinceramente? Eu também quero jogar na cara do Mister Drew tudo o que ele merecia ter ouvido durante toda a época que o estúdio estava em funcionamento.

  Hope: Mas Wally! Você não pode simplesmente fazer isso! Você pode ser preso, sabia?!

  Wally: Nah. Joey também é cruel e eu tenho provas disso. Que uma promessa? Eu posso ir pra cadeia, mas eu vou arrastar aquele filho da puta pro mesmo buraco! - Ela soltou um suspiro indignada enquanto olhava o vidro ao seu lado, observando o ambiente lá fora mudar enquanto o carro corria pela estrada.

  Hope: Você é maluco... - Ela sussurrou.

  Wally: E foi por isso que você se casou comigo. - Eu acrescentei com um sorriso enquanto focava na estrada diante de nós. Eu apenas pude ouvir um risinho frouxo dela.

  Um silêncio tomou o ambiente do carro antes dela quebrá-lo novamente.

  Hope: Me promete outra coisa? - Ela perguntou em um tom triste e preocupado. - Que você vai tomar muito cuidado com o que quer que você esteja indo fazer?

  Wally: Eu... - Eu hesitei.

  Hope: Me promete! Por favor! Eu te amo, Wally! Eu não posso simplesmente te perder! Eu não posso te perder como perdi o Michael em Atlantic City!

  Wally: Tá bem... Eu prometo. Mas tem muitas coisas que estão fora de nosso controle, querida. Existem muitas coisas nessa história que eu simplesmente não posso contar para você, porque senão vai soar absurdo demais e você vai tentar me levar a um centro de tratamento para esquizofrênicos. Eu só estou te poupando de tudo isso. - Eu soltei um suspiro, lembrando-me de como Sammy havia enlouquecido naquela época e até começou a beber a tinta da máquina.

  Hope: Você devia confiar mais em mim... - Ela desviou o olhar, frustrada.

  Wally: Eu confio! Mas isso é para o seu bem, acredite em mim. Afinal, se eu não confiasse em você, eu não teria trago você, a Mary o Louis para essa viagem. - Eu gesticulei para nossos filhos no banco de trás.

  Mary já tinha quatro anos enquanto Louis era o mais novinho, com apenas um ano e meio.

  Mary: E você deveria ter deixado a vovó vir também, papai. - Ela disse em um tom irritado e eu ri com isso.

  Wally: Sua vó traria a família toda e faríamos uma excursão de carros, querida!

  Mary: Mas iria ser legal!

  Wally: Bem, pense pelo lado bom. Você finalmente vai conhecer sua outra vovó!

  Hope: Como assim?! - Ela perguntou surpresa.

  Wally: Vocês vão ficar na casa dos meus pais enquanto eu saio para resolver esse problema.

  Hope e Mary: Ah não! - As duas disseram em uníssono. E eu ri.

Para além do preto (Ink Bendy x Reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora