(Narração de S/n)
- Ok, de qualquer forma... Algum de vocês pode por gentileza... ME ESPLICAR O QUE CARALHOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!! - Eu surtei enquanto olhava para Abby e o Demônio de Tinta sentados em um sofá na minha frente.
Abby: Bem, é uma LONGA história querida. Mas podemos começar do começo, se assim preferir... - Eu assenti. - Bem, você sabe que a Joey Drew Studios foi fundada em 1929 e acabou falindo em 1948. Durante tudo isso, seu pai saiu da empresa e, por Joey ser péssimo com praticamente tudo e só não assumia por ego, a empresa começou a despencar. E foi daí que surgiu as tentativas de Joey para reerguer o estúdio... Primeiro a Heavenly Toys, depois a Bendyland e por fim a Máquina de Tinta. Mas se você já deve ter percebido, nada disso deu certo. Mas o foco aqui é a Máquina de Tinta. Ele contratou uma empresa externa chamada de Gent Corporation para construir a bendita máquina. Como eu era uma das melhores amigas dele e diretora do Departamento de Arte, eu acompanhei tudo de perto, entendendo como essa tinta funciona de acordo com a filosofia do Joey: A Ilusão de Viver. Ele tinha a ideia de transformar seus personagens em realidade. Bendy foi projetado e saiu... Assim. - Ela apontou para o Demônio de Tinta ao seu lado. - Ou melhor, não assim. Mas foi transformado nisso. No Ink Bendy. - O bicho rosnou irritado enquanto cruzava os braços. - Não reclame. Você sabe que teríamos que contar para ela uma hora ou outra. Sammy sempre soube disso. Sempre soube disso como eu sei.
- Como assim?
Abby: Fomos os únicos que Joey realmente investiu tempo em ensinar a sua filosofia. Mas esse não é o foco... Bendy saiu "errado" e a loucura na mente de Joey gritou mais alto e a Gent o prendeu. Mas aquela tinta... O poder dessa tinta foi deixando ele louco e aumentando sua sede de vingança contra seu pai.
- Meu pai?!
Abby: Isso. Ele projetou esse mundo para que ele futuramente fosse um Ciclo de tortura para seu pai, ou melhor, uma versão falsa de tinta que Joey projetou dele.
- Ok... - Eu estava tentando processar a quantidade estratosférica de informações que estava recebendo. - Mas e o Wilson?! E aquelas criaturas?! E aquela Alice Angel distorcida?! Quem são todas essas criaturas?!
Abby: Wilson, filho de Nathan Arch descobriu o poder dessa tinta e a existência de Bendy... Ele não se importa com a segurança de todos, tudo o que ele quer é tirar o poder de Bendy e pegar para si próprio. Ou melhor... O poder dele e de Joey sobre esse mundo. Por isso, Wilson usou da tinta para criar aqueles Keepers para torturar Bendy e tentar selar o poder dele, o que funcionou. E agora ele está preso nessa forma sem poder falar.
- E por que ele me atacou?!
Abby: Você estava dentro da Gent Corporation... Uma empresa que causou tormentos para ele, o que você esperava que ele fizesse? Ele achou que você trabalhava ali. Ou pelo menos, é isso que eu acho... - Ela oscilou o olhar para ele, quem apenas desviou a cabeça para a direção oposta.
- E vocês estão no mesmo "time"? - Perguntei confusa.
Abby: Precisamente eu não diria isso, mas você pode ter essa conclusão. Eu vi tudo o que Joey fez e nós dois estamos contra ele. Então acho que é isso que nos une. Fora que esse cabeça dura nunca facilita em nada! - Bendy deu uma bufada irritada.
- Então agora eu devo assumir que estou do lado de vocês..?
Abby: Talvez? Eu realmente não sei. A escolha é... - Ink Bendy se levantou e veio em minha direção. Eu recuei um passo, assustada, mas ele apenas se aproximou e ficou atrás de mim, abraçando-me e apoiando a cabeça sobre mim. - Não é mais sua. Ele já escolheu. Você vai ter que ficar conosco agora. - Ela deu uma leve risada.
Senti a tinta da cabeça dele escorrer sobre mim, mas como eu era um daqueles Perdidos, não fez efeito nenhum.
Abby: Ah, e sobre sua aparência. Que tal resetarmos para o original? - Ela sorriu e bateu palmas quando minha aparência voltou ao normal... Como se eu fosse humana de novo, mas de tinta. - Prontinho. - Eu sorri levemente com isso quando o aperto do abraço do Demônio de Tinta ficou mais forte.
- Como você fez isso, tia Abby? - Eu sorri, chamando-a de tia já que ela era uma grande amiga de meu pai.
Abby: Ilusão de Viver, depois leia o livro que você vai entender. Eu vou dar um espaço para vocês, caso contrário é perigoso dessa coisa me atacar! - Ela riu um pouco e saiu da sala, deixando-me com o Demônio de Tinta.
Ele ronronou carinhosamente antes de me levantar em seus braços e me abraçar como uma pelúcia. Eu olhei para ele surpresa pelo ato que eu não esperava por parte dele.
- Uhh... Tudo bem? - Eu perguntei com um sorriso desconfortável. Ele apenas me girou nos braços antes de enfiar a cabeça na curva do meu pescoço. - O que você tá fazendo? - Ele ronronou feito um gato enquanto o som de sua respiração pesada era audível. Eu podia sentir os dentes dele contra minha pele agora de tinta, e a tinta de sua cabeça escorrendo por mim. Eu começo a ficar um pouco incomodada com a proximidade e o quão grudento ele revelou ser enquanto eu tentava o afastar de mim.
Ele rosnou e não permitiu que eu o afastasse.
- Olha, você fala? - Ele me jogou em um de seus braços, carregando-me como se eu fosse uma criança e negou com a cabeça antes de tocar sua cabeça na minha, de uma forma como se parecesse que ele estava dando um beijinho na minha bochecha, o que ele não fez, ainda com aquele sorriso no rosto. - Ei! - Eu ri um pouco com as cócegas que a tinta fazia em meu rosto. - Por que você ficou tão pegajoso de repente?
Ele apontou o dedo para mim, depois para ele e então gesticulou com o braço, magicamente, eu entendi o que ele quis dizer.
- Eu te salvei? - Ele assentiu com a cabeça. - Bom, temporariamente... É só uma questão de tempo até aquele velho vir atrás de você novamente. Mas... Pode me soltar? - Eu pergunto com um sorriso, ele apenas rosnou de raiva novamente e me segurou mais firmemente, obviamente negando. - Ahh... Tudo bem. Eu vou aceitar isso. - Ele soltou uns barulhinhos contentes e esfregou seu rosto contra o meu. - Você é estranhamente fofo... - Eu sussurrei baixinho, sentindo minhas bochechas esquentarem, eu soube que ele ouviu, mas não teve reação nenhuma.
De repente, ele se afastou, com a cabeça virada na minha direção enquanto provavelmente me observava. Eu senti algo em minha mente começar a emergir e então sair:
- Nós precisamos achar a Lauren!
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(Narração de Lauren)
Eu e Daniel pegamos cada um um daqueles capacetes de mineradores e saímos em direção do elevador, em busca de um andar que eu poderia sentir maior proximidade com ela.
O elevador chegou a um andar...
Andar 414. Daniel congelou.
Continua...
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Para além do preto (Ink Bendy x Reader)
Fanfiction⚠️Alerta de gatilho: Essa história poderá conter temas perturbadores para alguns usuários. Como tortura física, como exemplo. Eu realmente não pouparei vocês em questão do passado do Ink Demon. Essa história será baseada quase que totalmente em ciam...