Capítulo 7: O quarto do demônio

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(Narração de Brant) - The Lost Ones

  Corra para longe enquanto pode. Eu me enfiei tudo para uma matéria de jornal perfeita. Agora estou perdido, sem saber quem sou ou quem já fui um dia.

  Passo os dias rastejando nesse mundo infernal escrevendo nas paredes as únicas coisas que me vêm a mente: "Constance" e "Bill"... Talvez um dia eu me lembre de tudo.

  Talvez um dia...

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(Narração da narradora) - ⚠️ Alerta de gatilho: Esse capítulo pode ser perturbador para pessoas sensíveis, então prossiga com cautela

  Você suspirou pesadamente antes de começar a empurrar a porta para dentro, abrindo-a com cautela e lentidão. Um medo evidente te envolvendo de repente.

  E então, ao abrir, você e Lauren se derapsram com uma sala escura, vazia, mas com um pentagrama enorme desenhado no meio da sala. Você olhou aquilo surpresa e, imediatamente, afastou Lauren por proteção a garotinha.

  "Experimentos com crianças e agora ocultismo?! O que está acontecendo aqui nessa empresa?!" - você pensou quando se deparou com uma porta no canto oposto na sua diagonal. Estava escuro, mas ficou mais fácil de enxerga-la quando vocês duas começaram a ouvir esmurradas fortes naquela porra, como se o que quer que estivesse preso ali, estivesse tentando sair a todo custo.

  - Sai, sai, sai! - Você gesticulou para Lauren ir para trás e você fechou a porta atrás de si, assustada.

  Lauren: O que foi aquilo? - Ela perguntou enquanto se encolhia com medo.

  - Eu não sei Lauren, mas o que quer que seja, é melhor sairmos daqui agora. - Você segurou firmemente na mão da garotinha e a puxou ao longo daquele corredor, em direção a "brinquedoteca" novamente.

  Lauren: Mas e se essa coisa se soltar e nos atacar? - Você não soube o que responder naquele momento.

  - Enquanto eu estiver aqui, eu irei te proteger... - Você disse mesmo sabendo que só passaria uma tarde ali e que nao tinha conhecimento nenhum sobre o que você deveria fazer. Mas se tinha uma coisa que você poderia afirmar com total certeza era que, independente da coisa que estivesse presa ali, ele sabia que vocês estiveram ali. E ele sabia que eram vocês...

  Você engoliu em seco com o pensamento, mas continuou ali.

  Depois de um tempo, você e Lauren estavam brincando com alguns brinquedos dali. Foi divertido pra você ter Lauren ali, ela aliviava seu medo com sua inocência maravilhosa.

  E assim, vocês duas passaram uma parte da tarde juntas, até que, na hora do lanche, cujo a mesma funcionária que a trouxera ali, levou a comida. Você comia sua maçã em paz um pouco afastada de Lauren, você pôde jurar que vira tinta em suas mãos. Mas quando olhou, não viu nada.

  Lauren: Vamos voltar lá. - Ela disse instantaneamente quando você olhava confusa para sua mão limpa.

  - O que?! - Você se assustou quando ela já se levantou e puxou você na direção daquele quarto novamente...

  Os olhos dela... Algo estava errado. Algo estava muito errado. Seus olhos estavam... Escuros?

  Lauren: Eu posso ouvir-lo! Ele está ali! Ele está ali e quer que voltemos! - Ela abriu a porta com tudo, animada, revelando lá dentro não somente aquele macabro pentagrama e a escuridão, como também a porra da porta, que estava sendo esmurrada antes, escancarada e coberta de tinta. Do breu escuro no vão aberto da porta, era difícil ver, mas tinha alguém ali. Ou melhor, tinha uma coisa ali.

  A coisa se moveu lentamente, movendo a cabeça de um lado para o outro, como um pêndulo. Era difícil dizer, mas estava claramente observando vocês duas.

  O medo congelou vocês no lugar.

  Tinha algo errado.

  A coisa começou a sair do vão da porta, revelando sua alta estatura, sua aparência assustadora e monstruosa. Era o mesmo monstro que havia aparecido no seu sonho naquela noite.

  Do nada, ele simplesmente rugiu como um predador prestes a atacar sua presa e foi rapidamente até vocês duas, que fugiram assustadas.

  O monstro foi atrás.

  E pegou Lauren.

  Você se virou e gritou, gritou e gritou por ajuda. Mas diante de você, Lauren foi brutalmente morta. O monstro, com as garras nas laterais dos braços da garotinha, fez pressão... Ele a rasgou ao meio, jogando os restos mortais longe. Ele foi lentamente até você enquanto você tentava a todo custo abrir a porta de acesso a brinquedoteca e sair daquele pesadelo. Mas era tarde demais...

  Era tarde demais para voltar atrás.

  Sem demorar muito, o monstro começou a se rastejar pelo chão até você, agarrando seu tornozelo e começou a te puxar enquanto fazia uma pressão insuportável em sua perna.

  Você gritou em desespero enquanto o monstro te arrastava para aquela sala novamente, em direção a porta que ele havia saído.

   Ele te puxou até a escuridão daquele cômodo e você não pode ver nada até sentir que estava afogando em algo. Você tentou nadar, mas não teve resultado nenhum.

  Uma criança pequena abriu a porta entre a brinquedoteca e o corredor após tudo isso.

  Nada.

  Não havia nada ali, nem sequer os restos mortais de Lauren..

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  (A/n: Oi pessoal! Bem, eu imagino que muitos de vocês ficaram bravos com esse capítulo mostrar o Bendy como antagonista principal, mas isso não será só desse capítulo, mas também de alguns outros quando a protagonista irá contra ele. Estou apenas tentando fazer com que a versão dele dessa história seja muito mais semelhante a dos livros mesmo, meios que ele realmente se mostra tão violento quanto descrito nesse capítulo)

Para além do preto (Ink Bendy x Reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora