41 - fim

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𝑆𝑒𝑟𝑎̃𝑜 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑒𝑚𝑜𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜, 𝑒𝑛𝑡𝑎̃𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑙𝑒𝑛𝑐̧𝑜𝑠 𝑒 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑒𝑚 𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠.

𝑬́ 𝒑𝒓𝒐𝒗𝒂́𝒗𝒆𝒍 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒐𝒍𝒉𝒆 𝒐 𝒓𝒐𝒔𝒕𝒐 𝒆 𝒂 𝒓𝒐𝒖𝒑𝒂 𝒊́𝒏𝒕𝒊𝒎𝒂.

- 𝐸 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒, 𝑏𝑜𝑎 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝒂𝒏𝒋𝒊𝒏𝒉𝒐.

*parte Kai*

Os primeiros meses foram bem tranquilos, Emma estava sempre se olhando no espelho ao anoitecer antes de colocar o pijama, preocupada quando suas roupas não fossem servir mais nos seios e na barriga.

— estou ficando inchada. – ela dizia. E eu sempre respondia o quanto estava linda e que compraria uma loja inteira de roupas para ela se perdesse alguma peça por conta da gravidez.

Mas realmente ela estava linda como nunca, os cabelos mais brilhantes e a pele macia. Algumas vezes eu escorava meu rosto em sua barriga, para ouvir qualquer ruído do bebê, demorou um pouco mas houve um dia que eu senti ele se mechendo lá dentro.

Isso sempre me deixava emocionado.

Beirando os cinco meses ela já começou a ter desejos de comer coisas estranhas, e em horários incomuns.

Quando ela me acordou as 3 da manhã uma noite dizendo que estava tendo desejos, fiquei preocupado de ter que ameaçar o dono de algum mercadinho a abrir pra mim pegar o que quer que ela fosse pedir.

Mas o pedido foram simples biscoitos de baunilha.

Ela continuou tendo muito apresso por coisas doces.

Por sorte, tinha todos os ingredientes em casa, então pedi para ela me dar uns minutos e desci só com a calça de pijama até a cozinha e um roupão aberto para cozinhar pra ela.

Eu faria absolutamente tudo por aquela mulher.

Mas quem diria, de facas e sangue eu acabei parando em papel manteiga e livros de receita para biscoitos.

Chega a ser engraçado pensar nisso.

E enquanto eu fazia a massa a base de ovos, farinha e baunilha, ouvi pequenos passos curiosos pela cozinha.

Eu já tinha anos o suficiente de experiência para saber que não era uma assombração e tão pouco uma ameaça, os passos curtos e baixos dela já a entregará;

— acordada tarde da noite? Sua irmã não vai gostar disso. – comento ainda de costas. Focado na massa dos biscoitos.

— você tem um bom ouvido grandão. – diz Lya ao se sentar no balcão. – eu só estou sem sono. Nada demais.

Ela diz isso mas para uma criança estar sem sono é porque algo está a incomodando por dentro.

— foi algum pesadelo? – pergunto me virando pra ela ainda segurando a tigela, o rosto dela está desanimado então foi mais do que só um pesadelo. – bem, se me contar o que está te incomodando te deixo me ajudar a cozinhar e ainda vai ganhar biscoitos de bônus e um copo de leite morno o que acha?

Isso a fez pensar seriamente no assunto. Mas é fácil negociar com Lya quado tem biscoitos na proposta.

— é que Maya disse que eu deveria começar a ter aulas de novo. – ela começa.

Obsessão perigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora