15 - Nossas lutas internas

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𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑎̃𝑜 𝑠𝑎̃𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠, 𝑛𝑜́𝑠 𝑠𝑜́ 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑐𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑒́ 𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑣𝑒𝑧 𝑑𝑒𝑙𝑒𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑎𝑚𝑏𝑒́𝑚.

𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒𝑚, 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑛𝑑𝑒𝑚 𝑒 𝑒𝑟𝑟𝑎𝑚 𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑑𝑜.

𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑝𝑟𝑜́𝑝𝑟𝑖𝑜 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐, 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑒 𝑠𝑢𝑎 𝑝𝑟𝑜́𝑝𝑟𝑖𝑎 𝑙𝑒𝑖 𝑒 𝑠𝑒 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒 ℎ𝑎𝑣𝑒𝑟𝑎́ 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑞𝑢𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠.

- 𝒖𝒎 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒅𝒐𝒆𝒖 𝒕𝒂𝒏𝒕𝒐 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒐 𝒐 𝒂𝒎𝒐𝒓.

*parte Emma*

Passo a noite em claro, pensativa.

A imagem de Kai perto de mim, respirando ao meu redor e beijando minha pele com cautela me deixam sem sono.

Sem defesas.

Prometi a mim mesma que não me sucumbiria a isso.

Que iria fugir do que quer que sinto por ele.

Mas quando ele me toca, tudo fica tão silencioso em minha mente ao mesmo tempo que dispara meu coração e estremece o meu ventre.

Nunca senti isso em toda a minha vida.

Ele é a minha guerra interna.

E sinto que estou perdendo em mantê-lo longe.

Estou perdendo meu foco.

Liam é o objetivo.

Matá-lo é tudo o que importa.

Mas como sou humana, de coração frágil e estupidamente tolo, quando Kai me toca, parece que na verdade é ele tudo o que realmente importa.

Eu esqueço minhas mágoas. Minha raiva e até mesmo minha vingança.

Tudo pra pertencer a ele. Mesmo que por um minuto.

Como se houvesse algo maior do que eu me mandando ser dele. Custe o que custar.

E eu não consigo fugir disso.

A não ser agora, na madrugada, quando todos estão dormindo e minha mente devaga por partes sombrias da minha mente.

Eu penso em tudo e ao mesmo tempo em nada relevante.

Penso em como seria ser uma enfermeira formada namorando um cara normal do mesmo prédio que aprendi a conviver depois dele me acusar de roubar seu gato.

Penso no que eu seria agora de tivesse matado Kai, se tivesse ao menos conseguido feri-lo.

E penso se estaria sozinha agora se tivesse ouvido o concelho dele naquele dia e ignorado Lucas Grumman e simplesmente só ter saído da cidade.

Obsessão perigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora