11 - O verdadeiro assasino

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𝐴 𝑝𝑖𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑛𝑡𝑖𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎𝑐𝑟𝑒𝑑𝑖𝑡𝑎𝑟 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑎𝑚𝑖́𝑙𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑢𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑖́𝑛𝑑𝑜𝑙𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑎.

𝐴 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑠, 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑛𝑜́𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑡𝑒𝑚 𝑒𝑟𝑟𝑜𝑠 𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑑𝑜.

𝑬 𝒂𝒍𝒈𝒖𝒏𝒔 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒖𝒆𝒎 𝒔𝒆𝒈𝒓𝒆𝒅𝒐𝒔 𝒏𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒊𝒔 𝒋𝒂𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒆𝒓𝒅𝒐𝒂𝒓𝒊𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒔𝒆 𝒔𝒐𝒖𝒃𝒆́𝒔𝒔𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒅𝒂 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆.

- 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑚𝑜̂𝑛𝑖𝑜𝑠 𝑒́ 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑎́-𝑙𝑜𝑠 𝑎 𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎.

*Parte Kai*

Não lembro a quanto dias estou deitado nessa cama e olhando pro mesmo teto cinzento.

Antes fosse no meu apartamento.

Mas Maverick não achava seguro então me trouxe pra sua casa.

Ele cuidou dos meus ferimentos e me mandou descansar um pouco.

Esse "pouco" já faz dias.

Eu não sinto vontade de sair daqui.

Não sinto vontade de viver.

Antes ter sangue de criminosos em minhas mãos era algo trivial.

Mas agora carrego o peso da morte de Emma.

E sei que ela não merecia isso.

Dói. Em todo lugar, quando me lembro dela.

E também tenho medo de dormir, e ser ela a assombrar meus sonhos.

Antes eu ambicionava sonhar com ela.

Mas agora só tenho pesadelos.

- vai ficar enfiado na sua própria lamúria até quando? - ouço cortinas sendo abertas bem na minha cara, me viro de lado na cama e me encolho para fugir da claridade do sol. - meu pai pode não ter coragem pra te forçar a levantar, mas eu tenho.

- Maya me deixa em paz. - peço.

Maverick tem duas filhas, uma mais nova que deve ter dez anos e Maya a mais velha.

Ela diz pro pai que vai entrar na máfia Noun para ser uma secretária responsável e dedicada assim como ele um dia.

E ela já é mandona e insuportável o bastante pra fazer esse trabalho.

- você não come faz dois dias Kai, e nem sei se está tomando banho. - ela começa a me puxar pelo tornozelo. - do que adianta ficar ai deitado chorando a morte daquela mulher? Melhor levantar e fazer algo a respeito.

Obsessão perigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora