Capítulo 42 - Renúncia

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POV SEBASTIAN

Chego na sede Mancini já era tarde. Eu não me importava com o cansaço das viagens no jato até Seattle o que tem sido recorrente nesses meses. Eu precisava vê-la!

A cada vez que eu a via, ela estava mais bela. Lutei com todas as forças para não falar com ela ou consolá-la quando a via solitária sentada num parque, ou quando ia até o cemitério, quando comia em um restaurante qualquer depois do trabalho. Elisabeth estava seguindo sua vida, tinha um trabalho que merecia e amigos em sua volta. Sem contar nos caras que sempre estavam com um sorriso sínico no rosto. Naquela noite, ela saía de um bar quando vir um cara alto conversar com ela de uma forma bem íntima, se fosse em outro momento teria o matado ali mesmo. Mas mesmo com o ciúme me remoendo por dentro, eu havia prometido que jamais falharia com ela outra vez. Pedi para investigarem o cara pra saber quem ele era, nada foi encontrado que o comprometesse. Quando ela foi atropelada, eu entrei em pânico. Elisabeth estava no chão e tinha um corte na testa. O homem que dirigia o carro estava embriagado, tomei as precauções para que ele não saísse tão cedo da cadeia. O médico me relatou todo o estado médico de Elisa, o que me deixou aliviado. Pedi ao delegado Walker para levar Elisa para casa assim que fosse liberada, quem diria... o GRANDE Sebastian, um covarde que não conseguia dar as caras para a mulher que ama.

- Cara já estava indo até a sala de controle saber onde tinha se metido! - Felippo abre a porta assim que me sento no escritório

A mesa estava tudo em perfeita ordem, mas a minha mente uma bagunça completa.

- Tem alguma notícia sobre a nossa audiência com o conselho?

Ele vem mais próximo e me analisa

- Você foi outra vez?

Não digo nada, o que já era uma resposta evidente.

-... tudo bem! O conselho atenderá a sua petição depois de amanhã.

- Ótimo!

Era isso, a vida que tive e fui treinado por todos esses anos estava sendo julgada. Não foi fácil tomar a decisão de me desligar da máfia. O conselho queria argumentos relevantes para isso, o que na lei dos mafiosos não tinha nenhuma possibilidade de ser aprovado. Uma vez nesse mundo, para sempre nele até que a morte venha.

- Hoje é o seu dia filho

A mulher esquia falava, mas não havia emoção em suas palavras. Teresa ajustava o pequeno terno preto em mim. Uma criança de oito anos.

- E se eu não for aprovado?

- Sebastian... você é um Mancini, nasceu pra ser um líder, jamais irá me decepcionar.

A porta é aberta e papai entra no local com a cara fechada, o que já era esperado. A casa Mancini estava repleta de pessoas de alto comando do conselho e mafiosos aliados.

- Pronto?

- Sim! - Teresa responde animada, mas apreensiva, pelo garoto.

Os três me olhavam com expressões diferentes, mas todos acreditavam no meu potencial.

- Vá e faça o que é preciso!

Minha mãe diz, segurando o lenço que apertava entre as mãos. Não era novidade que ela se martirizava pelo filho. Mas era preciso preparar o pequeno para o mundo sombrio em que eles estavam.

- Vamos! - o grande senhor Mancini colocou a mão em meus ombros e saímos pela porta. A cerimônia era obrigatória a todo herdeiro de uma casa.  Aos 8 anos o juramento era feito perante testemunhas, o comprometimento era feito com pacto de sangue. E era um sinal que até a morte aquela vida deveria honrar sua família e seus aliados até a morte.

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