Tornou-se algo normal almoçarmos juntos no trabalho. Chegou a um ponto em que ela nem precisava mais me chamar; eu já tinha o hábito de levantar-me e ir até o escritório dela todos os dias às onze e meia, e uma Alice sutilmente carrancuda anotava nossos pedidos.
Ela deve ter comido em todos os lugares em um raio de quinze quilômetros. Ela sempre tinha recomendações e elas sempre eram boas. Em pouco tempo, ela já me cumprimentava com um beijo na bochecha, bem na frente da Alice. Eu podia praticamente senti-la tentando estrangular-me com sua mente. Estranhamente, tudo o que eu sentia era triunfo. "Sabe," falei para ela um dia, enquanto comíamos um prato de falafel e shawarma,
"todas as mulheres do escritório absolutamente me odeiam agora." Ela olhou-me. "E alguns homens também." Ela apenas riu. "Bom, isso não é nada legal da parte deles." "Eu mal posso esperar as reações quando nós ficarmos...
noivas." Eu ainda tinha dificuldades em pronunciar a palavra. "Eu vou precisar de escolta policial só pra chegar até a máquina copiadora."
"Olhares furiosos não são letais de verdade, sabia?" Ela partiu um pedaço de pão pita e mergulhou em um pouquinho de húmus. "Mesmo se forem fulminantes." "Eu acho que não." "Você vai contar pros seus pais?" Aí estava. Eu ficava tentando ignorar essa pergunta, mas precisaria confrontá-la alguma hora.
"Não tenho certeza," admiti, empurrando algumas alfaces ao redor do meu prato. "Na verdade, a gente não conversa faz um tempo. Se eu ligar pra eles de repente, e dizer que eu estou noiva..." "Uma hora eles vão descobrir, não vão? De um jeito ou de outro. Não é melhor eles ficarem sabendo direto de você?"
Ela tinha razão. O contrato estipulava mesmo que eu precisava mudar meu status de relacionamento em qualquer rede social – o que era algo até razoável – e eu era "amiga" virtual de várias pessoas que conheciam meus pais.
Não tinha chance alguma de fugir disso. A verdade era que eu havia mantido a maioria dos meus relacionamentos em segredo dos meus pais. Eles ficavam sondando e criticando a maioria das coisas que eu fazia e eu nunca queria passar por todo o transtorno de tentar apresentá-los a alguém, somente para mais tarde informá-los que havíamos terminado.
"Mas por quê? O que aconteceu? O que você fez? Você disse algo que afugentou o rapaz? Talvez se você perdesse um pouco de peso... Quer dizer, você é uma garota atraente, mas a competição está feroz por aí..."
Estremeci um pouco. A ideia de informá-los de que eu iria casar com uma bilionária só para avisálos em um ano que estávamos divorciando-nos... era horripilante. Mas eu não tinha escolha, se eu quisesse continuar com isso.
Certamente valia a pena aturar alguns telefonemas desagradáveis por dois milhões de dólares. Terminamos de almoçar em silêncio naquele dia. lauren sabia que tinha cutucado uma ferida e não falou mais sobre o assunto. Ao final do expediente na sexta-feira, ela foi ao meu cubículo bem quando eu estava arrumando minhas coisas.
Ainda bem que Florence já havia ido embora. "Gostaria de te levar pra jantar essa noite," ela falou, e havia algo muito significativo em seus olhos. Ai, meu Deus. Era agora, não era? Ela iria pedir-me em casamento. Em público, certamente. Ela precisava chamar a atenção. "Tudo bem," falei, com o coração já palpitando no peito.
"Esteja pronta às sete horas.
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casamento de conveniência
Fanfiction(Casei com uma bilionária) adaptação = camren vai ser (gp)